Presa pela Polícia Civil de Eunápolis jovem que ameaçava escolas pelo Facebook

Adolescente de 15 anos criou um perfil falso

Presa pela Polícia Civil de Eunápolis jovem que ameaçava escolas pelo Facebook
Foto ilustrativa/Arquivo

Na manhã desta quinta-feira, 4 de abril, a Polícia Civil de Eunápolis identificou uma adolescente de 15 anos que criou um perfil fake no Facebook com a proposta de arregimentar adeptos para suposto ataque a duas escolas públicas da cidade.

A adolescente é aluna de uma das escolas e, no último dia 20 de março, criou o fake “Guilherme Monteiro”, em alusão a um dos autores ao “massacre de Suzano”, ocorrido no interior de São Paulo, no dia 13/03.

O afastamento do sigilo de dados eletrônicos, autorizado pelo Juiz de Direito, Otaviano Andrade de Souza Sobrinho, titular da 1ª Vara Crime de Eunápolis, permitiu identificar o dispositivo criador da falsa conta, bem assim identificar mensagens postadas pelo pela adolescente.

Em um grupo de Facebook, a adolescente postou: “Na minha opinião temos que fazer algo grandioso. Nada repetido. Temos que começar em grandes escolas (..) Eu já faço parte de um grupo e temos tudo planejado. Temos tudo de que precisamos. Se quiserem posso ajudar a vocês com bombas caseiras. Depende da potência.

Em uma das conversas pelo messenger, a adolescente chegou a pedir a “planta” de uma das escolas a um outro adolescente. E, em uma outra conversa, sugeriu estratégias de ataques, como simular uma briga para desviar a atenção dos seguranças. Além disso, ela sugeria nas mensagens utilizar bombas caseiras e matar o maior número de pessoas possível.

A adolescente foi ouvida na presença da mãe e de testemunhas, oportunidade em que alegou ter agido por “brincadeira” e para “amedrontar” pessoas. O aparelho celular da adolescente ficou apreendido e será submetido a perícia a fim de aprofundar  as investigações acerca de suas verdadeiras intenções, bem assim identificar outros possíveis adeptos.

As investigações começaram no dia 29/03 e contaram com apoio do corpo técnico de Tecnologia da Informação do IFBA local, que chegou a construir um “robô” para agilizar a análise do material colhido em face do afastamento do sigilo eletrônico.

Na oportunidade, a Polícia Civil informa que a divulgação de áudios com ameaças de ataque a escolas pode configurar o crime previsto no Art. 265 do Código Penal Brasileiro, ou seja, Atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública, com pena de reclusão que pode chegar a cinco anos, além de multa.

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