O dia da Consciência Negra é comemorado nesta sexta-feira, 20 de novembro. A data é uma memória a grandes negros que lutaram por igualdade, constituindo-se num marco da luta contra o preconceito racial em suas mais diversas formas de manifestação.
Além de existir a Lei nº 7.716/1989 contra racismo, o Brasil ainda apresenta um cenário onde os negros e pardos têm renda menor, menos acesso à saúde e educação e também são as maiores vítimas da violência. Embora a população brasileira seja formada majoritariamente por 53,9% de pessoas negras e o estado da Bahia ocupar o segundo lugar no ranking nacional com 76,3% autodeclarados pretos e pardos, o Brasil apresenta de forma estruturada, velada, mascarada, fazendo com que os negros se destaquem nos baixos indicadores sociais do país.
Se realmente quisermos construir uma sociedade igualitária é necessário compreender qual o papel que cada estrutura socioeconômica desempenha na reprodução do racismo, a fim de desenhar estratégias eficazes para o seu enfrentamento.
“O conjunto de preconceitos direcionados à população negra se encontra enraizado no inconsciente e na subjetividade de indivíduos e instituições, expressando-se em ações e atitudes discriminatórias regulares, mensuráveis e observáveis”, explica a secretária de Assistência Social, Luciana Terezinha Parracho, acrescentando que “necessita-se de elaborar estratégias de sensibilização da comunidade, desde infância, através da educação, por meio de campanhas, ilustração em livros, desenhos animados, a fim de transformar esta realidade”, destaca.