Na manhã do dia 23 de agosto, o prefeito de Porto Seguro, Gilberto Abade, a secretária municipal de Educação, Dilza Reis, e o procurador do município, Eduardo Ramos, se reuniram com representantes da APLB Sindicato, na Casa da Lenha, atualmente gabinete do chefe do Executivo, para tratar das reivindicações dos docentes, entre as quais reajuste salarial.
Segundo a sua assessoria, o gestor mencionou supostos benefícios para os servidores e as características singulares da Educação. Abade teria enfatizado aspectos como o plano de carreira da classe, requisitos que devem ser observados para a concessão de aumentos aos docentes, formação dos profissionais do ensino, suporte pedagógico e infra-estrutura das escolas.
No tocante aos reajustes pleiteados pelo sindicato, Abade teria afirmado que não se posiciona contrariamente a reivindicação, alegando que valoriza os professores de idêntica forma a outros setores do funcionalismo público municipal. Contudo citou a Lei de Responsabilidade Fiscal, dizendo que se reajustasse os salários da categoria agora, toda a máquina administrativa seria afetada com cortes de repasses e até afastamento do prefeito. “Quero encontrar uma forma legal para autorizar o reajuste salarial. Estou aberto quanto a essa questão e, como aqui vivemos uma gestão democrática, deixo claro também os entraves e impasses enfrentados pelo governo para um aumento ilegal. Por isso, quero que compreendam minha postura e se unam em prol de uma alternativa que satisfaça a classe”, declarou.
A APLB estaria aguardando uma contraproposta do Executivo. Teria sido proposto um abono salarial como uma opção. “Abono esse que será concedido conforme a legalidade”, destacou a secretária Dilza Reis. Também foi aventada a possibilidade de composição de uma comissão tripartite de representantes da APLB, Legislativo e Executivo, com o objetivo de discutir a o plano de carreira do professor, seu estatuto e benefícios como o da regência de sala de aula. “Essas medidas visam fortalecer o Estatuto que ampara o professor”, disse o prefeito.
O jornal O Sollo contatou a APLB, mas ainda não foi possível obter maiores esclarecimentos.