Os tutores e o prefeito se posicionaram contra as paralisações dos professores e reivindicam o retorno das aulas
Nesta quarta-feira, 25 de outubro, um grupo de mães de alunos da rede municipal de ensino se reuniu no Gabinete do prefeito Luciano Francisqueto para uma reunião, em que, com apoio do gestor, reivindicaram o retorno imediato das aulas. O grupo de tutores se declarou contrário as paralisações promovidas pela APLB/Sindicato em Itabela.
As mães de alunos destacam que as paralisações não estão levando em consideração as necessidades dos alunos, que já haviam sido prejudicados pela pandemia e agora estão sofrendo novamente com as greves constantes, gerando grande atraso no desenvolvimento do cronograma escolar e prejudicando o aprendizado das crianças.
“Nós acreditamos nos direitos de todos, de receberem o que é justo mas ninguém deve ser prejudicado por isso, nossos filhos já perderam dezenas de dias de aula e está prejudicando também as famílias, os professores de Itabela não estão tendo empatia com à população e principalmente não estão, nem sequer, pensando nos alunos”, declarou uma das mães.
O prefeito Luciano Francisqueto recebeu o grupo de Mães em seu gabinete e explicou a atual situação que o município vive. “O município está de mãos atadas, no ano passado fizemos um aumento acima do piso nacional de 33,5% aos professores, porém a arrecadação do município caiu e perdemos muito recurso, hoje fica inviável um novo aumento sem repasse federal, com o município correndo o risco de ficar no vermelho e prejudicando o funcionamento de serviços essenciais. Estamos empenhados em achar uma solução, mas é necessário compreensão e paciência de todas as partes, Itabela não é o único município que está sem o recurso para repasse, mas é umas das únicas cidades onde as paralisações persistem, desde o início da minha gestão honrei a educação, pagando em dia e cumprindo com os ajustes quando havia condições para pagar, mas a situação atual é grave, já que o município não tem o recurso necessário”, destacou o prefeito.
Um dos agravantes apontados pelo prefeito está no corte do ICMS realizado pelo governo federal em 2022, e também a queda de 13,28% no FPM-Fundo de Participação dos Municípios, que reduziu a arrecadação das prefeituras e colocou centenas de municípios Brasileiros no vermelho.
Unidos sob o mesmo propósito, o retorno das aulas a normalidade. O prefeito e os pais de alunos, marcaram uma nova reunião, desta vez com a presença de professores e representantes da APLB, buscando o fim das paralisações o mais breve possível, para que os alunos da rede pública municipal possam retornar às atividades escolares.