Preço de alimentos deve subir com guerra na Ucrânia, diz Tereza Cristina

Preço de alimentos deve subir com guerra na Ucrânia, diz Tereza Cristina
Preço de alimentos deve subir com guerra na Ucrânia, diz Tereza Cristina. Foto: Reprodução

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou na quarta-feira, 02 de março, que o preço dos alimentos deverão ter uma alta, mas a magnitude depende do andamento do conflito entre Ucrânia e Rússia.

“O preço a gente acha que terá alta sim, quanto? A soja já subiu, já caiu um pouco, o milho já subiu, já caiu um pouco. Isso é uma commodity (produto básico com cotação internacional).  A gente tem que acompanhar e diminuir os impactos que poderão ter. Isso tudo depende, se a guerra acaba hoje ou amanhã, é um impacto, se continuar por muito tempo, é outro”, apontou Tereza Cristina.

Os preços dos alimentos estão subindo em todo o mundo, pois Ucrânia e Rússia são grandes fornecedores globais de grãos. Além disso, há o risco de escassez de fertilizantes pelo planeta, produto que também e forte na região.

E, por último, ainda há o impacto do dólar, cuja cotação sobe em momentos de turbulências e incertezas. A ministra disse, contudo, que que é necessário achar alternativas para mitigar os possíveis efeitos da guerra e das sanções nos preços dos alimentos.

Alternativas de fornecimento

“A gente tem que diminuir esses impactos. E achar alternativas de ter fornecimento, abastecimento. O preço é o mercado, o trigo subiu nas alturas por quê? Porque a Ucrânia é um grande produtor de trigo, então influencia no mercado global”, disse a ministra.

A ministra afirmou que a safra atual já está acontecendo, o que era necessário de fertilizante já chegou e o produtor rural já está plantando.  A Rússia é um dos principais exportadores de fertilizantes para o Brasil e a Bielorússia também é um ator importante no mercado e está sob sanções do governo americano desde o ano passado.

Segundo ela, a safra de verão, que tradicionalmente começa a ser colhida no fim de setembro, é uma preocupação, mas o setor privado já sinalizou que há um estoque de fertilizantes.

Tereza Cristina ressaltou que ainda há muita incerteza no mercado de fertilizantes, mas que é preciso ter planos para todas as ocasiões.

Fonte: OGlobo

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