Nino afirmou aos delegados que estava dirigindo a moto e o outro homem, que ainda não foi identificado, o ameaçou com a arma
Um dos homens que participou da chacina no município de Prado, no Extremo Sul da Bahia, afirmou, em depoimento à polícia que foi obrigado a cometer o crime pelo outro homem que efetuou os disparos. O criminoso, conhecido na região como Nino, foi baleado durante uma troca de tiros com a polícia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Antes de morrer, Nino afirmou aos delegados que estava dirigindo a moto e o outro homem, que ainda não foi identificado, o ameaçou com a arma. O autor dos disparos teria obrigado Nino a levá-lo até o bar Razão de Viver, onde matou quatro pessoas e feriu três na noite desta quarta-feira (11).
De acordo com a titular da Delegacia de Prado, Rosângela Sousa, a dona do bar afirmou em depoimento que um dos homens entrou no estabelecimento e pediu um refrigerante, enquanto o outro permaneceu do lado de fora, em uma motocicleta. Ao ir buscar a bebida, a proprietária do local ouviu os tiros e se escondeu nos fundos do bar Razão de Viver.
Duas vítimas, identificadas como Valdinei de Jesus Moreira, 33 anos, e Luzinaldo Silva, 38, foram alvejados na cabeça e morreram no local. Elias Saúde de Assis, 43 anos, integrante do grupo musical Máquina do Forró, também foi morto a tiros dentro do bar. Ainda de acordo com o site Primeiro Jornal, Reginaldo dos Santos Ricardo, 35, tentou se esconder no interior de uma casa ao lado bar, mas foi perseguido e morto dentro de um dos quartos do imóvel.
Eliana Ribeiro Santana, baleada no abdômen e na perna, conseguiu escapar depois de se esconder dentro do banheiro do bar Razão de Viver. Outros dois homens, Benedito Jorge dos Santos e Jarbas Miranda da Silva, também foram alvejados, mas conseguiram sobreviver. Ainda de acordo com a polícia, um policial militar à paisana foi atingido de raspão na perna. Ele estaria tomando cerveja no bar com uma das vítimas fatais.
A dupla fugiu do local em uma motocicleta e foi perseguida pela Polícia Militar. Nino morreu depois de uma troca de tiros com agentes da Companhia de Ações Especiais da Mata Atlântica (CAEMA). Já o outro homem conseguiu fugir ao entrar em um matagal da região.
As vítimas foram socorridas por uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e estão internadas no Hospital Municipal de Teixeira de Freitas. Ainda conforme a polícia, Eliana, Benedito e Jarbas continuam internados na unidade médica, mas não correm risco de morrer.
Os corpos das outras quatro vítimas foram encaminhados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Teixeira de Freitas, onde devem passar por uma perícia antes de serem liberados para as famílias.
A chacina está sendo investigado pela Delegacia de Prado, que trabalha com a suspeita de que os dois bandidos teriam invadido o bar com a intenção de executar Valdinei de Jesus Moreira e Luzinaldo Silva. Ambos moravam em São José, distrito do município de Alcobaça.
Fonte: Correio