“Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo. Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade, anulando em seu corpo a lei dos mandamentos expressa em ordenanças. O objetivo dele era criar em si mesmo, dos dois, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliar com Deus os dois em um corpo, por meio da cruz, pela qual ele destruiu a inimizade.” (Efésios 2.13-16)
A partir da história da revelação, nas Escrituras, Paulo categoriza dois tipos de pecadores: os judeus e os gentios (não judeus). Como Paulo mesmo afirma, sendo judeu, “todos éramos por natureza filhos da ira e fomos alcançados por Deus, que é rico em misericórdia e nos amou com um grande amor” (vv.1-3). Para todos que creem, sejam judeus ou gentios, é Cristo o ponto de convergência para Deus. É nele que somos pacificados com Deus e uns com os outros, para vivermos como expressões do amor divino.
Povo de Deus é toda gente que, pela fé em Cristo, é reconciliada com Deus. Os judeus não são mais povo de Deus que os gentios. Não existem filhos e “filhos” de Deus. Somos todos recebidos em adoção por Deus por meio de Cristo e nenhum de nós é filho de Deus por mérito, direito ou herança familiar. Seja gentio ou judeu. Não é o cumprimento da lei e dos mandamentos que nos fazem filhos de Deus mas a obra de reconciliação realizada por Cristo. Todo filho de Deus é filho da graça, do favor imerecido, do amor inexplicável, da misericórdia que se renova a cada manhã.
Ser filho de Deus envolve estar perto de Deus e desfrutar paz com Deus. É quando vivemos neste lugar de comunhão que podemos manifestar-nos como povo de Deus, por meio de um estilo de vida que comunica paz, gratidão e esperança. Sendo pessoas habitadas pela leveza peculiar dos que foram perdoados e aprendem a perdoar. Afinal, nosso Salvador é um destruidor de inimizades. Como podemos permanecer alimentando inimizades?! Nem nascer israelita e nem frequentar uma igreja fazem de pessoa alguma “povo de Deus”. Somente Jesus nos faz gente que pertence a Deus. E gente que pertence a Deus vive uma vida que manifesta a presença de Deus.