“Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (2 Coríntios 5.17)
Durante certo período recente o termo “tomar posse” foi muito usado entre cristãos evangélicos. A ideia era que deveríamos orar pedindo uma benção e, pela fé, “tomar posse”. Ou seja, antecipadamente, assumir que a benção já havia sido concedida e isso era um sinal de fé. Se não tomamos posse é porque nos falta fé e aí, Deus não poderá nos ouvir. Por exemplo: se você orou para chover, então “tome posse” e saia de casa com o guarda-chuva. Se não agir assim, como Deus poderá responder a sua oração, visto que você não age como quem crê? Há apenas uma questão não considerada neste pensamento: orar não é dar ordens a Deus e ter fé não é o fator determinante! Orar é pedir o favor divino. Ele pode não fazer o que pedimos! Talvez Sua decisão seja a de não interferir na meteorologia naquele dia. Ele pode, mas faz aquilo que entende que deve, segundo Seu eterno propósito.
Mas o termo em si está na essência de nossa fé, do Evangelho de Cristo. “Tomar posse” precisa ser uma realidade entre nós! Mas, de que forma? De muitas! Deus nos ama e já demonstrou isso enviando-nos Jesus. Ele morreu para nossa salvação. Não há razão, por maiores que sejam os motivos, para duvidarmos do amor de Deus e do poder salvador de Cristo Jesus. Portanto, devemos “tomar posse” e viver segundo essas verdades. Veja o que Paulo declarou: se estamos em Cristo, somos novas criaturas! As coisas velhas: pecados, hábitos ruins, temperamento intratável e tudo mais que contrarie o propósito de Deus, por causa do que Cristo fez, agora é coisa do passado. Temos condições de seguir em frente de maneira nova. Devemos aprender a “tomar posse” disso! Devemos persistentemente nos ver como pessoas novas e agir como tal!
Um dos lindos aspectos desse tomar posse é o que é fruto de pessoas que são novas criaturas. Elas creem que nasceram de novo em Cristo e por assim crerem elas abraçam essa nova identidade. Com esse abraço suas atitudes mudam, mas muda porque o que pensavam sobre si mesmas foi transformado. Não mais caminham pela oração que manda em Deus, porém ousam andar pelo novo e vivo caminho que é Cristo, e nesse caminho sua existência está envolvida com um novo propósito e sentido. Assim elas tomarão posse de serem diferentes, mesmo quando esporadicamente lembrarem da velha criatura que eram. Talvez a maior vitória esteja aí, terem a liberdade de viver de acordo com o novo ser e não com o velho. Que presente formidável esse que Deus nos dá. Aceitemos, pois com gratidão.