Porto Sul será construído como porto privado, diz Secretaria de Portos

Outros dois portos públicos devem ser concedidos ainda em 2014.

Porto Sul será construído como porto privado, diz Secretaria de PortosO governo federal desistiu do seu projeto de construir um novo porto público na Bahia, o Porto Sul, informou nesta sexta-feira (27) a Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP). No lugar, será concedida autorização para que uma empresa construa um terminal privado na mesma região.

A construção do Porto Sul foi anunciada em dezembro de 2012, dentro do pacote que previa investimentos de R$ 54 bilhões para o setor portuário até 2017. Na época, a previsão do governo era que as obras do terminal custariam cerca de R$ 1 bilhão.

Além dele, o plano também previa a construção de outros dois portos públicos: de Manaus (AM), ao custo de R$ 401,3 milhões, e de Águas Profundas (ES), estimado em R$ 2,9 bilhões. Nos três casos, seriam feitos leilões para escolha de uma empresa concessionária que ficaria responsável pelas obras.

De acordo com a Secretaria de Portos, as concessões de Manaus e Águas Profundas continuam em estudos. A expectativa é que os leilões ocorram ainda em 2014.

Sobre o Porto Sul, a Secretaria de Portos informou ainda que a autorização para a sua construção como porto privado deve sair já em janeiro. A Secretaria não soube dizer qual empresa será responsável pelo investimento.

A Secretaria disse ainda que está indefinido o destino dos portos de Ihéus, na Bahia, e de Imbituba, em Santa Cataria. Esses portos já existem, mas, segundo o programa de dezembro de 2012, iriam novamente a leilão para escolha de novos concessionários.

Novo marco regulatório

Em meados de 2013, a presidente Dilma Rousseff sancionou a nova Lei de Portos, outra das medidas previstas no pacote para o setor. Entre as novidades está o direito de empresas construírem seus portos privados (TUPs), mediante autorização do governo, e com liberdade para movimentar carga de terceiros (de outras empresas).

Na lei antiga, empresas privadas só tinham direito de construir seus TUPs para movimentar carga própria – Vale e Petrobras são algumas das empresas que possuem terminais construídos de acordo com a antiga legislação. Uma empresa brasileira que não dispõe do seu próprio TUP, precisa recorrer necessariamente a um porto público, como o de Santos (SP) e o de Paranaguá (PR), para exportar seus produtos.

Entretanto, os portos públicos estão com a capacidade esgotada e, na visão do governo e de empresários, prestam serviços caros e de baixa eficiência, o que contribui para encarecer os produtos brasileiros e tirar competitividade dos exportadores locais.

Ao incentivar a abertura de portos privados, e a competição entre eles e os portos públicos (agora, ambos vão poder movimentar carga de terceiros), o governo espera reduzir o custo das tarifas cobradas dos exportadores e elevar a competitividade dos produtos brasileiros.

 

 

Fonte: Fabio Amato/G1

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