Por Daniel do Valle / O Sollo
Hotelaria aposta na divulgação do destino turístico, promoção de eventos e busca de novas parcerias para superar a crise
Apesar da crise econômica nacional, a cidade parece cheia com o típico fluxo turístico da alta temporada. Em plenas férias de julho, o destino está entre os favoritos para turista de todas as partes do país, principalmente jovens estudantes. Mas quem trabalha no setor de hotelaria e entende do assunto, garante que o movimento caiu significativamente em relação a outros anos.
Segundo o diretor da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Extremo Sul da Bahia (ABIH-BA), Siegfried Michel, na primeira quinzena deste mês houve uma queda na demanda turística em torno de 40%. Já na segunda quinzena, foi um pouco melhor com 10% a menos, em relação ao mesmo período do ano passado.
“As pessoas consideram o lazer como gasto supérfluo. Em tempos de crise o corte no orçamento é inevitável e as viagens diminuem. Os turistas procuram dividir os pacotes em mais vezes. Outro problema são as passagens aéreas, que continuam caras em relação a outras partes do país” explica.
Para superar a atual situação e aumentar a procura, a ABIH-BA investe em eventos, novas parcerias e na constante divulgação do destino turístico. Entre as ações está a participação da 43ª Expo Internacional de Turismo, realizada pela Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), de 24 a 26 de setembro, no Anhembi, o maior Centro de Eventos da América Latina.
“Realizaremos ainda o 1º Festival de Turismo e Negócios, Show Tour 2015, nos dias 21 e 22 de agosto, no Arraial d’Ajuda Eco Resort, com a presença das maiores operadoras e fornecedores do turismo no Brasil. Formamos um grupo de empresários da região e vamos promover um “Road Show”. No final de agosto estaremos em Brasília e Goiânia, já no mês de setembro vamos para o Rio de Janeiro e São Paulo, negociar com agências e divulgar nosso produto”, ressalta Siegfried Michel.
Com a terceira maior concentração de hotéis do Brasil, Porto Seguro perde somente para Rio de Janeiro e São Paulo, mesmo não sendo uma capital. Com cerca de 48 mil leitos, o maior polo turístico do Nordeste busca atrair um público crescente, de diferentes regiões do país e do mundo. Afinal, crise não combina com lembranças de férias.