Porto Seguro: Sindicato dos Bancários anuncia greve

Por Daniel do Valle / O Sollo

O Sindicato dos Bancários do Extremo Sul da Bahia anuncia greve, por tempo indeterminado, a partir do dia 6 de outubro, próxima terça-feira, nos bancos públicos e privados de todo o país.

As reivindicações da categoria tem como pontos centrais o reajuste de 16%; valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.299,66 em junho); Programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82; defesa do emprego; combate às metas abusivas e ao assédio moral; melhores condições de trabalho; fim da terceirização e melhorias sobre vales-alimentação.

De acordo com o diretor do Sindicato, Moises Vital, uma minuta foi entregue à Federação dos Bancos (Fenaban), em São Paulo, no mês de agosto, mas não houve acordo. “A Fenaban alega que o momento econômico nacional é inoportuno, mesmo com a alta lucratividade dos bancos. Na última negociação, pedimos 16% (9,88% da inflação mais 5,2% de ganho real). A oferta foi de 5,5% mais abono salarial de R$ 2,5mil, bem abaixo da expectativa”.

Os representantes do sindicato ainda denunciam que os bancos seguem na contramão, e quanto mais lucro, mais eles demitem. “Está havendo uma redução significativa no quadro de funcionários; terceirização de funções e responsabilidades para correspondentes bancários (farmácias, Correios, casas lotéricas) onde o cliente tem menos conforto e segurança; os autoatendimentos sempre estão sem atendentes auxiliares e o cliente fica sem orientação”, acrescenta Moises Vital.

A também diretora do Sindicato dos Bancários do Extremo Sul da Bahia, Leila Ramos, lembra que durante a greve serão priorizados apenas serviços internos e atendimento aos aposentados. “A greve não atinge o sistema virtual (operações pela internet) e os caixas eletrônicos funcionarão normalmente. Apenas 7% dos serviços serão comprometidos, os outros 93% podem ser realizados online”.

Leila Ramos ainda destaca as demissões no quadro dos funcionários, planos de aposentadoria voluntária, doenças decorrentes da pressão e estresse, além das atuais taxas abusivas. “As tarifas bancárias para os clientes sempre estão acima da inflação e os reajustes para os funcionários sempre a baixo”, protesta.

 

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