Da redação
Horas depois, jovem morre e três homens são baleados, em menos de uma hora, na mesma região. Ataques ocorreram nos bairros Baianão, Parque Ecológico e Vila Valdete
O policial militar Marcelo Pereira Moreira foi baleado durante assalto a um mercado no bairro Baianão, na noite de ontem (10), por volta das 18h40min. Mesmo sem farda, desarmado e em dia de folga, o agente pode ter sido reconhecido por criminosos, que já estavam no local, ao fazer compras. O PM foi atingido por dois tiros pelas costas e encaminhado para o Hospital Deputado Luís Eduardo Magalhães (HDLEM). Ele sobreviveu e não corre risco de morte.
Horas depois, uma onda de violência foi iniciada na mesma região. Os amigos Cleyton Pereira Nunes e Sérgio Batista da Silva estavam em um bar, no Bairro Parque Ecológico, por volta das 22h, quando foram alvejados aleatoriamente por dois homens em uma moto. Eles foram encaminhados para o HDLEM, mas Cleyton não resistiu aos dois tiros no peito e morreu. Sérgio foi baleado na perna.
De acordo com a mãe da vítima, Vanuza Pereira, o jovem mecânico (Cleyton) ainda estava com a roupa da oficina quando tudo aconteceu. “Ele era um trabalhador, tinha apenas 27 anos e nunca teve passagem pela polícia. Deixou uma esposa e quatro filhos. Foi um crime bárbaro, sem motivação alguma”, relata a mãe desolada.
Outros homens baleados deram entrada na emergência do mesmo Hospital, minutos após a ocorrência no bar, vindos da mesma região. Às 22h22min, Davi dos Santos Ribeiro chegou com ferimentos de arma de fogo, vindo do bairro Vila Valdete. Às 22h39min, Daniel Santos de Souza também chegou ao HDLEM, após ser atingido no complexo do Baianão, de acordo com relatórios hospitalares.
Segundo testemunhas, que não quiseram se identificar, dois homens em uma moto vermelha efetuaram os disparos de maneira aleatória. Eles teriam chegado atirando, usavam capacetes e luvas para não serem identificados, nem levantar suspeita. Mesmo com a presença de várias viaturas da PM na região, referente ao primeiro caso do policial baleado, os atiradores não se intimidaram.
Investigação
De acordo com o delegado Delmar Bittencourt, os crimes já estão sendo investigados, mas ainda não foram identificados os suspeitos, ou se há ligação entre os fatos. “Não podemos afirmar que foi uma retaliação. Mas não descartamos a participação da polícia”, ressalta.