Era uma vez… há muitos, muitos dias, eu escrevi um texto sobre Fernão Capelo Gaivota. Apenas porque é um filme, palavras, música de vida para mim.
Resolvi partilhar, neste Natal, esses meus pensamentos e acrescentar-lhes algo.
Não tem nada a ver com o Natal? Tem sim!
É a história de uma gaivota, o seu sonho de voar. As suas asas são cantadas em céus de sonho e mares que se misturam. Nesse vôo solitário mas divino, também eu estou, estamos todos nós.
A história de Fernão Capelo Gaivota – o mar, a ave que voa, a música – faz sonhar. Imagens e música são um hino à vida, um hino ao sonho, sobretudo à capacidade de sonhar, mesmo que se caia! E tantas vezes caímos! Tantas vezes nos levantamos! Temos essa capacidade enorme e bela de se ser louco!
Voar, querer ir sempre mais além, não ficarmos parados à espera que os “deuses” se dignem olhar-nos, mas sermos nós a pedir-lhes o sangue (que certamente eles retomarão) retirado sempre que vivemos. É a mensagem da gaivota, símbolo de homens inteiros capazes de partir em busca do sonho e _o mais importante não é o atingir do sonho – há sempre novos horizontes para descobrir, quando chegamos à primeira linha. O segredo está, sim, nessa busca permanente, na luta, às vezes dolorosa, mesmo que nunca cheguemos à linha do horizonte.
O importante é partir, é buscar, é ter fé, acreditar que a vida é sempre mais além. Acreditar!
E sempre que acreditamos, é Natal! Sempre que nos levantamos, depois da luta dolorosa, é Natal! Porque ressurgimos. Porque renascemos.
Porque somos vida a acontecer!
O natal que acontece sempre que sonhamos.
Feliz Natal.
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