Polícia desvenda homicídio do hospital abandonado e da fábrica de blocos

Polícia desvenda homicídio do hospital abandonado e da fábrica de blocos
Polícia desvenda homicídio do hospital abandonado e da fábrica de blocos. Fotos Liberdade News

Sob o comando do delegado Manoel Andreetta, o Núcleo de Homicídio e Tráfico (NHT) da Polícia Civil chegou à conclusão de dois inquéritos policiais que investigavam crimes ocorridos contra moradores de rua, sendo um de 2017. Mas, as investigações ganharam força após o levantamento cadavérico realizado no sábado, 16 de junho, por volta das 23h30, no bairro Redenção, onde a vítima Cacitia Pereira dos Santos foi morta com várias facadas em um terreno próximo à fábrica de blocos na rua Aurelino Viana.

Foi levantado pelo NHT que a vítima possuía uma extensa ficha criminal relacionada ao consumo excessivo de drogas e álcool, e possuía histórico de ameaças e violência praticada contra terceiros, e vivia como moradora de rua, o que dificultou o início das investigações, mas, após buscas e diligências a equipe chegou ao autor das 19 facadas contra Cacitia. Trata-se de Jeferson Santos Madeira, o “Jefinho”, que também se diz morador de rua, e que confessou o crime. Segundo Jefinho, ele já conhecia a vítima, da rua, e possuía certa amizade com ela, mas devido ao uso excessivo de álcool, eles haviam discutido, o que motivou o crime.

Polícia desvenda homicídio do hospital abandonado e da fábrica de blocos
Cacitia foi morta com 19 facadas

Eles estavam bebendo desde cedo, compraram bebida juntos e logo após aconteceu o desentendimento e luta corporal. Segundo Jefinho, Cacitia pegou uma faca e tentou furá-lo, mas, não conseguiu, sendo assim, ele, que também estava com uma faca, imobilizou Cacitia e desferiu os primeiros golpes contra a vítima; contou que tentou atingir sempre a barriga e o pescoço. Uma testemunha teria aparecido e gritado para que ele parasse, e então ele correu do local, deixando a vítima já sem vida.

Jefinho relatou que durante sua fuga jogou a faca usada no crime dentro do brejo na baixada do bairro Ulisses Guimarães, e como ali possui uma rede de esgoto, ficou impossível localizar. Jefinho ainda disse que logo após “esfriar o sangue”, seguiu para o Centro e foi dormir na praça da Prefeitura. Ainda afirmou que a vítima sempre usava uma faca, e sempre que bebia ficava “doida” e tentava contra as pessoas. Durante sua oitiva, Jeferson confessou também outro crime contra outro morador de rua.

Polícia desvenda homicídio do hospital abandonado e da fábrica de blocos
Luiz Carlos teve o crânio esmagado por Jefinho em 2017

Ele confessou que no dia 24 de outubro de 2017 matou Luiz Carlos de Jesus Almeida, no interior das obras abandonadas do conhecido “Hospital do Padre”, localizado na rua Visconde de Cayrú, no Jardim Liberdade, fundos da UPA. O corpo de Luiz Carlos foi encontrado no dia 25, por volta das 09h, com afundamento de crânio, após ser vítima de diversos golpes de pedra na cabeça. O levantamento cadavérico foi realizado pelo delegado Maderson Souza, que encaminhou o caso para o Núcleo de Homicídio e Tráfico, já que a vítima não possuía documentos e não havia informações sobre como teria ocorrido o crime.

O caso então chegou ao NHT e com orientação do delegado Manoel Andreetta se iniciou os desenvolvimentos das investigações acerca do crime e foi possível descobrir que a vítima possuía problemas psicológicos e tinha frequentemente surtos de psicose, violência e desequilíbrio, que eram potencializados pelo consumo excessivo de álcool e drogas. Em seu depoimento, Jefinho contou que chegou a morar junto com a vítima por cerca de 1 mês nas obras abandonadas onde o corpo foi encontrado. E que no dia do crime tiveram uma discussão por conta de comida que teriam comprado juntos.

Após a discussão entraram em luta corporal, e, segundo o autor, a vítima pegou um pedaço de madeira para agredi-lo, mas, segundo Jeferson, o desarmou e o agrediu. Assim que Luiz perdeu os sentidos, Jeferson contou que terminou o serviço, matando a vítima a pedradas. Ele contou que pegou um pedaço de concreto e assim dilacerou a cabeça da vítima, que morreu no local. Jeferson contou em depoimento que cobriu a vítima com um lençol e deixou o local correndo, e seguiu para a praça da Bíblia.

Segundo o delegado Manoel Andreetta, ficou comprovado que Jeferson matou Cacitia e Luiz, ela com 19 facadas e ele com pauladas e pedradas na cabeça, ambos os crimes por motivos banais. Foi feita a representação pela prisão preventiva de Jeferson Santos Madeira, o Jefinho, que será investigado por outros crimes. Os inquéritos foram concluídos, saneados e serão encaminhados para a Justiça.

 

Com informações Rafael Vedra/LiberdadeNews

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