Na manhã desta quinta-feira (20), a Polícia Civil da Bahia, em uma ação integrada com a Polícia Militar, o Departamento de Polícia Técnica e o Stelecom/Cicom Extremo Sul, deflagrou a “Operação Pacificar”.
A operação teve como objetivo o cumprimento de 12 mandados de prisão e sete mandados de busca e apreensão em propriedades rurais localizadas no município do Prado, região do Extremo Sul do estado.
As investigações, conduzidas por meio de inquéritos policiais, apontam para a atuação de grupos armados que, sob a justificativa de realizar “retomadas” de territórios ancestrais, estariam cometendo crimes como ameaças violentas contra trabalhadores e proprietários rurais, além de saques a produções agrícolas, mobiliários e veículos. Também há relatos de restrição da liberdade das vítimas por períodos juridicamente significativos.
A Operação Pacificar conta com a participação de policiais das Coordenadorias Regionais de Teixeira de Freitas, Eunápolis, Ilhéus, Itapetinga e Vitória da Conquista, além da Diretoria Regional Sul Sudoeste e diversas unidades do CATTI/DEPIN.
O objetivo central da operação é desarticular os grupos envolvidos e restaurar a segurança na região, que tem sido palco de conflitos recorrentes entre comunidades indígenas e produtores rurais. Ações semelhantes já foram realizadas em outras áreas do estado para conter escaladas de violência e garantir a ordem pública.
As diligências continuam em andamento, e novas informações serão divulgadas conforme a evolução dos trabalhos da Polícia Civil e demais órgãos envolvidos.
O delegado Moisés Nunes Damasceno, coordenador da 8ª Coorpin/Teixeira de Freitas, expressou seu agradecimento pelo êxito da operação, ressaltando o trabalho conjunto das instituições envolvidas. Ele destacou que “uma operação de tamanha sensibilidade, realizada em uma área de intenso conflito, não teria alcançado resultados tão exitosos sem o envolvimento, a coragem, o compromisso e o engajamento de tantos profissionais“.
O delegado também mencionou a atuação das forças policiais e do Poder Judiciário, agradecendo pelo “rigor técnico-jurídico na análise e deferimento dos pedidos, essencial para a segurança jurídica da operação”.
O coordenador ainda prestou uma homenagem ao policial militar Sales, atingido durante a missão, ressaltando que “sua vida foi preservada graças à eficiência do colete balístico” e exaltando “a coragem e serenidade diante do risco extremo” do policial.
Ele concluiu afirmando que o sucesso da Operação Pacificar reflete “a força da união das instituições em prol da justiça e da segurança da sociedade“.