A 2ª edição do espetáculo cênico Auto de Páscoa aconteceu na noite da quinta-feira (29), na praça da Bíblia, região central da cidade, uma realização da Primeira Igreja Batista de Teixeira de Freitas (Pibatef).
O pastor presidente da Pibatef, Oséias dos Santos, disse estar feliz. Segundo ele, o Auto “é uma tentativa de ajudar ao nosso povo, que nesses últimos dias vem sofrendo com tantas notícias negativas, mas, agora a gente está aqui, porque esse Auto de Páscoa representa o Filho de Deus que um dia veio a essa terra, morreu a sexta-feira, e ao terceiro dia ressuscitou, e a nossa alegria é saber que esse espetáculo de Páscoa é pra dizer que a morte não é a última palavra da vida, mas, sim, a vida que Jesus conseguiu pra nós através da ressurreição”.
O Pr. Oséias acrescentou ainda que, “se a gente apresenta só a crucificação, a história é contada pela metade, porque é muito importante afirmar que, de fato, Ele foi crucificado, mas, a própria Bíblia vai dizer que a razão da nossa fé é a ressurreição, e não a crucificação, porque se Ele não tivesse sido crucificado e não tivesse ressuscitado, não haveria esperança, então a gente reúne no Auto de Páscoa, tanto a narrativa sobre a crucificação, como a ressurreição, pra que realmente saibamos que quem morreu, ressuscitou”. E explicou: “A encenação não é algo para a igreja, mas, sim, para o povo de Deus de Teixeira. O povo de Teixeira, diante de tanta violência, está precisando de um evento como esse, onde se promove paz, alegria, fraternidade, comunhão, promove esse sentimento gostoso, onde a gente olha pra Jesus, e apesar de tudo que está acontecendo nesse mundo, a gente começa acreditar que ainda existe esperança pra nossa vida”.
O produtor do espetáculo e responsável pelo ministério de música da Primeira Igreja Batista de Teixeira de Freitas, Tarcísio Galvão, disse que “é mais do que levar esse sentimento, essa mensagem da morte, a gente quer trazer a mensagem da ressurreição, que é o sentido completo do Evangelho na verdade, porque a gente está tentado valorizar a Páscoa, porque o Natal fala do nascimento de Jesus, isso é lindo, mas, a mensagem central de Evangelho ela se completa com a ressurreição de Cristo, e a Páscoa traz essa mensagem, então, isso era uma coisa que a gente já via há muito tempo, fazer esse evento é compartilhar com as pessoas, e isso nos acredita e nos faz tão bem, então a gente quer fazer algo com excelência que honre a Deus, e de uma forma que inspire pessoas a se juntar a nós para fortalecer o reino de Deus aqui na terra”.
O maestro disse ainda que envolvida com a parte artística foram cerca de 150 pessoas, mas, no total, foram 200 colaboradores e parceiros. O evento contou com estrutura e sonorização profissional de alta qualidade, iluminação profissional, produção de vídeo, três telões, para que todo o público se beneficiasse de cada detalhe do evento.
Quem viveu Jesus na encenação, o pastor Ruan Guilherme, relatou que “é um papel de muita responsabilidade, porque fazer o papel de nosso Senhor Jesus Cristo não é uma encenação fácil, passar pelo sofrimento, pela liderança dos discípulos, passar pelo momento de sacrifício, então, é uma responsabilidade elevada, é muito gratificante levar essa mensagem, porém, mostrar que o Jesus do início do século é o Jesus que se preocupa pela humanidade, na sua ética, no seu social, na sua entidade como espiritualidade, e esse mesmo Jesus daquela época está sendo encarnado hoje, no papel ao qual estou fazendo, eu posso dizer que estou passando uma mensagem contra a violência, com a ética mais elevada, uma responsabilidade social entre os seres humanos, e a questão de cuidar uns aos outros, amando o nosso próximo”, comentou.
Henrique Alves da Silva, que interpretou Judas, falou da emoção e comprometimento para o papel. “Estou muito emocionado em desempenhar esse papel tão rejeitado, mas importante. É um responsabilidade muito grande, um papel difícil, ser o traidor, e ter que passar isso pra o público, que Judas entregou, traiu Jesus para a morte. Com o beijo traído, cumpriu-se a promessa, que alguém iria lhe trair, e se cumpriu, é um sentimento de tristeza, porém, estava escrito a promessa”, disse.
Pablo Otaviano Leite, que encenou como Pilatos, disse que ” a emoção é incontável, por conta de a gente ter essa oportunidade de mostrar às pessoa que não conhecem a história. A intenção é de comover as pessoas sobre o quanto o nosso Deus é maravilhoso. Quando na encenação digo lavo as minhas mãos pelo sangue desse inocente, ali separei as coisas, mesmo sendo figurativa, mas, mais vi Nele o contraditório, porque o julgamento foi injusto”, concluiu.
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