A Polícia Federal não localizou os alvos de um mandado de busca e apreensão e de condução coercitiva em Santa Cruz Cabrália, no extremo sul da Bahia, na manhã desta quarta-feira (14), na terceira fase da Operação Nenhures, que busca desarticular uma quadrilha suspeita de cometer fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Segundo a PF, além de Santa Cruz Cabrália, também foram presas 10 pessoas e cumpridos três mandados de condução coercitiva e 11 mandados de busca e apreensão nas cidades mineiras de Betim, Contagem, Almenara e Palmópolis.
Os mandados foram cumpridos pela superintendência da Polícia Federal em Porto Seguro, a cerca de 20 km de Santa Cruz Cabrália. O delegado da PF Pancho Rivas informou que os alvos dos mandados não foram localizados. O imóvel em que deveria ser feita busca e apreensão estava abandonado. Já o homem que deveria ser conduzido coercitivamente, cuja identidade não foi divulgada, não foi localizado pela polícia.
A investigação apurou que o grupo falsificava certidões de nascimento e óbito, além de documentos de identidade, para conseguir, em sua maioria, benefícios ilegais de pensão por morte. Os policiais começaram a monitorar os processos destes benefícios, quando a fraude foi descoberta.
Ainda segundo a polícia, a Previdência Social calculou que a quadrilha teria causado um prejuízo de R$ 6,5 milhões. A Operação Nenhures tem apoio da Assessoria de Pesquisa Estratégica e de Gerenciamento de Riscos da Previdência Social.
Na primeira fase, em agosto de 2015, cinco pessoas foram presas em flagrante em Mariana, na Região Central de Minas, e em Viçosa, na Zona da Mata. De acordo com a PF, a prisão destes suspeitos impediu saques que somariam cerca de R$ 70 mil relativos às primeiras parcelas de benefícios fraudados.
Na segunda fase, em outubro de 2015, uma pessoa foi presa em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, e mandados de busca e apreensão na cidade e em Almenara. Este suspeito preso seria, segundo a Polícia Federal, seria o responsável pela organização da quadrilha.
Os suspeitos presos nesta quarta-feira vão ser autuados por estelionato qualificado e formação de quadrilha. De acordo com a PM, se somadas as penas de cada crime, os detidos, caso condenados, podem pegar mais de 10 anos de prisão.
Fonte g1