Cerca de 70% dos servidores estão parados na Bahia, segundo sindicato.
PF diz que efetivo mínimo fornece atendimento ao público normalmente.
Em adesão à paralisação nacional dos agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal (PF), que ocorre nesta terça-feira (11), os agentes do órgão na Bahia iniciaram uma série de protestos no estado reivindicando melhorias salariais e aumento justo de proventos entre todas as carreiras que atendem a instituição.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato de Policiais Federais do Estado da Bahia (Sindipol), José Mário, as mobilizações estão centradas no Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, e nas quatro delegacias da instituição no interior do Estado (Ilhéus, Porto Seguro, Juazeiro e Vitória da Conquista).
No aeroporto de Salvador, por exemplo, cerca de 60 profissionais da PF realizaram uma manifestação pacífica com faixas e cartazes, das 10h às 13h. “O protesto não afeta o embarque e desembarque de passageiros. Não viemos para atrapalhar a sociedade, mas expor os nossos problemas, que são muitos”, garantiu José Mario.
Conforme o vice-presidente do Sindipol, 70% dos profissionais da PF na Bahia aderiram a paralisação e reclamam de duas questões: a má oferta de infraestutura de pessoal e de material.
Dentre os problemas apontados, José Mário diz que agentes, escrivães e papiloscopistas não recebem aumento há mais de sete anos. Sobre as dificuldades com infraestrutura, ele diz que a Bahia possui a maior costa de litoral do país e não possui uma embarcação blindada.
Com o término da manifestação no aeroporto de Salvador, a categoria se reúne em assembleia na sede da Polícia Federal, no bairro do Comércio, para decidir os rumos do movimento.
Segundo a PF na Bahia, por meio da assessoria de comunicação, o efetivo mínimo de profissionais que deve ser matindo durante as paralisações, que é de 30% do total de servidores, cobre normalmente as expedições de passaporte e os plantões policiais e de imigração. As investigações é que acabam sendo afetadas pelo movimento, segundo o órgão.
Fonte: Henrique Mendes/G1