Por Petrina Nunes/ O Sollo
No dia 21 de março comemorou-se o Dia Mundial da Síndrome de Down, por esse motivo, a Câmara Municipal de Teixeira de Freitas convidou as crianças que fazem parte da Pestalozzi para participarem de uma sessão ordinária e poderem falar dos desafios enfrentados com quem nasce com essa alteração cromossômica, nesta quarta-feira, 23 de março.
O Gabriel Sobral foi chamado para falar e discursou durante a sessão solene. Sua mãe, Sarita Sobral, disse que há 15 anos ela entrou como “mãe voluntária” e após concluir o curso de Pedagogia se tornou professora da unidade. Ela tem outros filhos e garante: “o amor é o mesmo, só precisa de mais cuidado”, oferecendo educação especial a criança, além de fisioterapia, fonoaudióloga, e outros tipos de especialidades médicas.
“É um acidente genético que eu considero como sendo um presente de Deus, pois seu eu sou o que sou hoje, um ser humano melhor, é por que Deus permitiu que ele estivesse em minha vida”, disse Sarita. Ela também coloca que a Associação Pestalozzi faz um trabalho de inclusão social muito importante para as famílias que têm filhos portadores de alguma deficiência.
Sobre sua gestação, ela coloca que: “minha gestação foi totalmente normal, e nos só soubemos quando ele estava com seis meses”.
A presidente da Pestalozzi, Maria Luiza Dall’Orto, disse que o trabalho da associação “visa dar autonomia para a pessoa com deficiência, mesmo por que eles são normais”.
Sobre a síndrome de Down, ela diz ainda há muito preconceito, até mesmo por parte das mães, que no primeiro momento ficam assustadas em saberem que serão mães de criança Down, mas com o tempo percebem que é apenas uma questão de mais cuidado com a criança, e afirmou “somente mães especiais que podem ter filhos especiais”.
Maria Luiza ainda explicou que algumas crianças com síndrome de Down nascem com cardiopatia, problemas de tireoide, ou outros problemas, e há aqueles que têm Down e não nascem com nenhum problema de saúde.