“Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens.” (Mateus 5.13)
Jesus procurou traduzir de diversas formas a missão que entregaria a seus discípulos. No verso de hoje ele lhes diz que eram o sal necessário à vida. No mundo antigo o sal, além da função de dar mais sabor aos alimentos, como ainda hoje o usamos, tinha pelo menos três outras utilidades. Era usado para preservar alimentos perecíveis, especialmente o peixe. Era usado como remédio para curar feridas e também era usado como dinheiro para comprar escravos. O sal podia servir para pagar o preço da liberdade.
Hoje o sal nos inspira menos imagens do que certamente inspirou nos discípulos, quando ouviram as palavras de Jesus. O mundo deles precisava de pessoas-sal. Pessoas que, anunciando a graça e a verdade trazidas por Jesus, pudessem levar outras a experimentarem vida eterna. Vida de verdade, apesar das circunstâncias. O mundo sempre precisou de pessoas-sal e sempre precisará. E se cremos em Jesus, devemos ser essas pessoas.
Para sermos o sal que Jesus disse que devemos ser precisamos nos submetermos completamente e persistentemente ao mandamento de amar a Deus sobre tudo e às pessoas como a nós mesmos. É amando que poderemos compreender nosso lugar como sal para o mundo. Afinal, porque Deus amou o mundo é que Cristo veio a nós.
Para sermos o sal que Jesus disse que devemos ser precisamos nos dispor a servir, a comprometer um pouco do tempo que temos, das coisas que temos, para o benefício de outros, em lugar de cuidar apenas de nós mesmos. É preciso doar-se para ser sal, pois Aquele que nos mandou ser sal se fez servo de todos, sendo o Senhor de todos.
Para sermos o sal que Jesus disse que devemos ser precisamos aprender a existir na presença de Deus. Não podemos estar com Deus apenas nos momentos devocionais ou nos cultos do templo. Precisamos viver com Ele. Afinal, Jesus é o Emanuel, o Deus Conosco. Conosco para que, na relação com o outro, sejamos um exemplo de como o Deus que é amor trata pessoas.
Se a espiritualidade for verdadeiramente cristã, o resultado é que seremos pessoas-sal e nossa presença dará mais sabor à vida ao nosso redor. Nossas palavras, atitudes e comportamento serão verdadeiras manifestações do Reino de Deus.
Seja sal hoje do modo como lhe for possível. Apesar de suas limitações e falhas. Seja sal, revelando respeito, empatia, bondade, generosidade, amor. Seja sal opondo-se ao preconceito, à injustiça, à desvalorização da vida. Fale do Deus que ama e perdoa. Leve pessoas aos pés de Cristo. Sal sem sabor não é sal. Para nada serve!