“Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo.” (Filipenses 3.7)
Eu poderia falar muitas coisas sobre a fé cristã. Creio que você também. Estudei para ser pastor e me dediquei um pouco à teologia. Creio que todo cristão teria muito a dizer sobre a fé cristã, pelo muito que certamente ja ouviu e aprendeu. Eu aprendi a falar muitas coisas sobre o Evangelho, a oferecer também algumas explicações sobre as Escrituras e a tirar ensinos de suas muitas partes. Faço isso diariamente e enfrento o desafio de não perder o maravilhamento com a graça. O que me salva é o encontro com pessoas que revelam o poder de Cristo em suas vidas. Mais que as ideias, são as pessoas que mais me ajudam na conversão diária a Cristo Jesus.
Conheço pessoas que seguem fielmente o que compreendem e creem sobre as Escrituras. Há quem não beba álcool por causa das Escrituras. Há quem observe o sábado em lugar do domingo e outras que guardam o domingo de forma exemplar, seguindo o que creem sobre as Escrituras. Há quem não fale palavrão, nem mesmo quando machuca o dedinho do pé! Há quem leia a Bíblia todo dia e observe disciplinadamente momentos diários de oração. Conheço muitas pessoas assim, as admiro e valorizo. Mas é uma outra coisa que mais me toca.
O que mais me toca são as pessoas que, por causa de Cristo, lidam com a vida de um jeito graciosamente amoroso. Pessoas que se relacionam consigo mesmas e com os outros de maneira bondosa e alegre. Pessoas que promovem vida, reconciliação, consolo, esperança e ânimo com a facilidade com que andam e falam. Fascinam-me as pessoas que lembram Jesus. E acredito que essas pessoas são as que chegaram onde o apóstolo Paulo chegou: à compreensão de que nada e ninguém se iguala a Cristo. Pessoas para quem Jesus esclarece a vida e a Bíblia.
Pessoas que traduzem o Evangelho em seu jeito de viver. Que realçam a benção do perdão que receberam perdoando generosamente as ofensas que sofrem. Elas parecem ter entendido a magnitude do perdão que receberam. Pessoas que curvaram-se ao mandamento do amor. Amam de forma admirável, mas sempre pensam que ainda não amam como deveriam e sentem-se devedoras do amor e aprendizes da arte de ter compaixão. Corajosamente, em Cristo, aceitaram o amor de Deus sem fazer perguntas e sem fazer contas. Vivem constrangidas e felizes.
Há pessoas que inspiram a gente a continuar crendo e desejando ser melhores. Precisamos mais de pessoas como elas e precisamos nos unir a elas! A vida está árida demais, a religião é cansativa demais, o mundo está confuso demais. Os textos bíblicos parecem estar perdendo a autoridade por serem mais usados que vividos. Que pela graça de Cristo hoje, eu e você, sejamos uma dessas pessoas para alguém. Já sabemos o bastante. Que possamos viver o fundamental.