“Isso acontecerá no dia em que Deus julgar os segredos dos homens, mediante Jesus Cristo, conforme o declara o meu evangelho.”(Romanos 2.16)
“Minha vida é um livro aberto” é uma expressão que se costumava usar. Com o Facebook e outras ferramentas de relacionamento, como as que temos hoje, talvez se pudesse dizer isso com mais frequência. Há quem se expõe nessas mídias sociais de uma forma que poderia ser considerada inconsequente. Publicam-se sentimentos, aparências, movimentos e fazem-se declarações comprometedoras, sem a dose necessária de pudor ou sensatez. Mas, ainda assim, todos temos nossos segredos. Nem tudo vai a público.
Paulo afirma que esse mundo oculto, essa realidade estrita e privada um dia virá à luz – Deus a conhece e diante dele não há como negar. Lembro-me de, quando criança, ser ensinado sobre o Deus que tudo vê: “cuidado olhinho no que vê, mãozinha no que pega, pezinho onde pisa, pois o Salvador está olhando para você”. Confesso que essa imagem não me transmitia algo bom sobre o “Salvador”. Ele me parecia mais um observador de quem não conseguiria nunca me esconder. Mas depois, examinando as Escrituras, percebi que Deus jamais foi uma ameaça e jamais será. E nem Paulo pretende afirmar que seja.
O Deus que tudo vê é confiável, amoroso e bom. Ele poderia nos expor, mas não o faz. Podemos guardar conosco nossos segredos e nossos pecados, mas essa não é a única opção e nem a melhor. Deus espera nossa confissão e não nossa negação. Convida-nos a esvaziar a alma e em seu amor e graça nos perdoa e renova. Com Ele podemos deixar para trás os erros e seguir perdoados. Não está no segredo nossa segurança. Nossa segurança está no perdão e na transformação!