Pequenos negócios deram a primeira oportunidade de trabalho para 55% das pessoas contratadas em 2017

 Pesquisa do Sebrae mostra que as MPE geraram 755,5 mil postos de trabalho com carteira assinada para pessoas que ingressaram no mercado formal. Foto Divulgação

As micro e pequenas empresas (MPE) são a principal porta de entrada para o mercado de trabalho formal no Brasil. Essa constatação é resultado de pesquisa inédita realizada pelo Sebrae a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), de 2017. Segundo o levantamento, os pequenos negócios deram a primeira oportunidade de emprego para a maioria (55%) do total de 1,4 milhão de pessoas que assinaram a carteira de trabalho pela primeira vez no ano passado. Enquanto isso, as médias e grandes empresas (MGE) absorveram 44% dessa mão de obra e as empresas da Administração Pública, o 1% restante.

De acordo com a pesquisa do Sebrae, 69,5% das 755,5 mil pessoas que foram contratadas pelas MPE e que tiveram a carteira assinada, pela primeira vez, em 2017, eram jovens com até 24 anos de idade. Os trabalhadores do sexo masculino foram maioria, representando 54% da mão de obra contratada pelos pequenos negócios e 56% das MGE. Além disso, mais da metade dos trabalhadores que se iniciaram no mercado de trabalho (56%), por meio dos pequenos negócios, em 2017, possuía ensino médio completo.

Quando cruzadas as informações sobre o perfil do primeiro emprego, por sexo e nível de escolaridade, a pesquisa revela que as mulheres com mais tempo de estudo (superior incompleto e superior completo) tiveram a preferência dos pequenos negócios, no ano passado, superando a mão de obra masculina com mesmo nível.

A quantidade de mulheres que possuem nível superior completo foi 71,5% maior que a de homens com igual faixa etária e nível de escolaridade (13,2 mil contra 7,7 mil). O número de mulheres com até 24 anos e superior incompleto também supera o de homens, nas MPE, nessa mesma situação, em 37%. O quantitativo de homens com até 24 anos de idade, em seu primeiro emprego, só é maior que o de mulheres nos níveis de escolaridades menores (até nível médio completo).

Outro dado revelado pelo levantamento do Sebrae mostra que a maior concentração do primeiro emprego, entre as MPE, aconteceu nos setores de Comércio e Serviços. Nos pequenos negócios do Comércio, em 2017, ingressaram pela primeira vez no mercado de trabalho 297,2 mil trabalhadores, sendo a maioria do sexo feminino. Já as MPE do setor de Serviços empregaram um quantitativo pouco menor de iniciantes no mercado de trabalho (271,4 mil), sendo 53% deles do sexo feminino. Juntos, Comércio e Serviços responderam por 75% do total do primeiro emprego nas MPE, em 2017 (Comércio = 39%; Serviços = 36%).

Segundo o gerente regional do Sebrae em Teixeira de Freitas, Alex Brito, fatores determinantes como a necessidade do empreendedor, motivação, planejamento, gestão do negócio e principalmente a capacitação fortaleceram as oportunidades. “Essa é uma realização das empresas somada ao empenho do Sebrae em desenvolver ações e projetos voltados para o empreendedor no aperfeiçoamento de seus produtos, serviços e atendimento“, disse.

 PRINCIPAIS NÚMEROS DA PESQUISA

  • Número de pessoas contratadas pela primeira vez com carteira assinada em 2017 – 1,4 milhão de empregos
  • Total de primeiro emprego gerado em MPE, em 2017 – 755,5 mil postos de trabalho (55% do Total)
  • Primeiro emprego gerado em MGE, em 2017 – 606,1 mil postos de trabalho (44% do Total)
  • 69,5% das pessoas que tiveram a primeira oportunidade de trabalho formal em 2017 e que foram contratadas pelas MPE eram jovens com até 24 anos de idade.

Total de Primeiro Emprego Gerado nas MPE, por setor, em 2017:

  • Comércio (39%) – 296 mil
  • Serviços (36%) – 271 mil
  • Indústria (14%) – 101 mil
  • Construção (6%) – 41 mil
  • Agronegócio (5%) – 40 mil

Distribuição do primeiro emprego nas MPE, por idade:

  • Até 24 anos – 69,5%
  • 25 a 39 anos – 22,8%
  • 40 a 64 anos – 7,6%
  • 65 anos ou mais – 0,1%

Participação de homens e mulheres entre o primeiro emprego gerado nos pequenos negócios dos setores de comércio e serviço, em 2017:

  • Comércio (49% homens, 51% mulheres)
  • Serviço (47% homens, 53% mulheres)

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