PECADO: VOCÊ É CONTRA?

“Todo aquele que nele permanece não está no pecado. Todo aquele que está no pecado não o viu nem o conheceu. Filhinhos, não deixem que ninguém os engane. Aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo. Aquele que pratica o pecado é do diabo, porque o diabo vem pecando desde o princípio. Para isso o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do diabo.” (1 João 3.6-8)

Vamos pensar um pouco mais no pecado? Gosto de uma piada que repito muitas vezes: certo dia dois membros de uma igreja encontraram-se no supermercado. Era segunda-feira. Um deles havia ido ao culto do domingo e o outro não. O que não havia ido perguntou: ‘Como foi ontem na igreja? O pastor pregou sobre o que?’. O que havia ido respondeu: ‘Foi ótimo, o pastor pregou sobre pecado.’ ‘E o que é que ele disse?’, acrescentou o que não havia ido. E então o outro respondeu: ‘Ele disse que é contra.’ Bem, é apenas uma piada mas é, de alguma forma, um retrato da realidade. Não me refiro aos pastores, mas a nós todos, cristãos. Muitas vezes somos simplistas, sendo contra o pecado. É como dizer “sou contra escorregar” ou “sou contra esbarrar em alguém”, guardadas as devidas proporções, claro. O que quero enfatizar é que ser contra não faz muita diferença se apenas somos contra! Não nos ver nessas situações exige muito mais que ser contra e algumas vezes simplesmente escorregaremos e esbarraremos.

Veja o texto de hoje. João está sendo pragmático. O justo pratica o que é justo. O que pratica o pecado, o que vive na prática do pecado, está vivendo sob a liderança do diabo e praticando o que edifica o reino do diabo. E Jesus veio justamente para destruir as obras do diabo. Jesus veio porque todos nós, das mais diversas formas, estamos sujeitos a praticar o que João chama de “obras do diabo”. Devemos ter o cuidado de não pensar que o apóstolo esteja nos dando critérios para julgarmos os que são de Deus e os que são do diabo. Pois não se trata de ter formas de julgar os outros! Ele está chamando a nossa atenção para que julguemos a nós mesmos! Faça uma lista das obras do diabo. O que teria nela? Devemos apenas nos preocupar com as “piores” obras do diabo ou com todas? Qual a pior? Uma dica: qual o maior mandamento? Quebra-lo é praticar a pior das obras do diabo. A falta de amor nem sempre escandaliza, mas deveria!

Quanto ao pecado, sempre devemos ser contra, principalmente com respeito aos que nos dominam, muito mais do que contra os que dominam os outros. Quanto ao pecado, devemos confessa-los a Deus e cuidar para nos sairmos melhor diante das tentações. Quanto ao pecado, devemos estar atentos, pois há muitos subcutâneos, que não são vistos facilmente, que não escandalizam, mas são obras do diabo. Quanto ao pecado, devemos reconhecer que ele ainda nos vitima e, cientes disso, escolher a humildade e não a presunção; a misericórdia e não o julgamento. O verdadeiro santo não é aquele que se sente inimigo do pecador, que não o tolera, que vê nele uma ameaça à santidade. O verdadeiro santo é aquele que ama e escolhe carregar com o pecador os custos do pecado. Pois o santo é fruto do Amor do Santo que levou sobre si os nossos pecados.

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