Na tarde de quarta-feira, 17 de julho, a Polícia Militar foi acionada para comparecer ao Hospital Municipal de Alcobaça, onde uma criança de quatro anos, do sexo masculino, havia sido levada por sua genitora e seu padrasto. A criança apresentava sinais de espancamento, o que levou à condução do casal à Delegacia de Alcobaça.
Inicialmente, tanto a mãe quanto o padrasto negaram qualquer tipo de agressão. No entanto, a autoridade policial, com o apoio dos Investigadores da DT de Caravelas, iniciou uma investigação detalhada. Descobriu-se que a criança já havia sido levada ao Conselho Tutelar quatro meses antes, após denúncias de maus-tratos, incluindo fraturas nos tornozelos.
Os policiais civis reuniram evidências que contradiziam as declarações do casal. O relatório inicial da médica que atendeu a criança indicava hematomas pelo corpo, sangramento na boca e sinais de pancadas na cabeça. Além disso, a criança sofria da síndrome de West, o que a tornava dependente de cuidados especiais.
O estado de saúde da criança piorou, e ela foi transferida para o Hospital Costa das Baleias, em Teixeira de Freitas, onde foi internada em estado grave na UTI. Exames de radiografia revelaram uma fratura no crânio, confirmando que a criança havia sido vítima de maus-tratos graves.
A Polícia Civil também ouviu familiares da mãe, que confirmaram que a criança era vítima de espancamento pelo padrasto, com a conivência da genitora. A autoridade policial deu voz de prisão ao casal, autuando-os em flagrante pelos crimes tipificados no Artigo 129, § 1º, Inciso II e § 9º do Código Penal Brasileiro, bem como no Artigo 136, § 3º do mesmo código. Eles permanecem à disposição da justiça.