PARA SABERMOS QUEM SOMOS!

“Oro também para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que vocês conheçam a esperança para a qual ele os chamou, as riquezas da gloriosa herança dele nos santos e a incomparável grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, conforme a atuação da sua poderosa força.” (Efésios 1.18-19)

Acho difícil ler estes versos e não parar para pensar e considerar essa compreensão do apostolo a respeito do que Cristo fez por nós. Em tese ele está dizendo que ignoramos o que Cristo fez por nós. E ele está certo. Cremos no que Cristo fez, mas ignoramos o que isso significa e isso nos infantiliza, enfraquece, nos torna vítimas de nós mesmos e de outros. Por ignorar o significado do que Cristo fez, pessoas sinceramente crentes em Cristo tornam-se objeto de abuso de líderes religiosos, submetem-se a perspectivas de fé adoecedoras. Em lugar de amarem e servirem tornam-se egoístas, intratáveis e presunçosas. Para sabermos que somos (ou podemos ser) precisamos discernir o que Cristo fez e o que isso faz conosco.

Paulo orava para que aqueles irmãos em Éfeso pudessem ser iluminados em seu entendimento. A igreja da Galácia havia sido influenciada pelos judaizantes, que os havia convencido de que precisariam seguir os ritos da Lei para serem recebidos por Deus. Somente a fé em Cristo não era bastante. Sempre a nossa fé correu riscos de ser contaminada de dentro para fora. Criamos normas, templos, escrevemos doutrinas, criamos sistemas religiosos. Mas o que aconteceu? Criamos o que Paulo escreveu aos Colossenses: um sistema com aparência de piedade, com regras para orientar o corpo com firmeza, mas que, de forma alguma foi capaz de domar a natureza má e desviada de nossa condição pecadora (Cl 2.23). Em outras palavras, a nova pessoa que podemos ser não acontece de fato.

A resposta para nossa vida está em Cristo, na simplicidade do Evangelho. Está na liberdade para a qual fomos libertos, na qual devemos permanecer, resistindo a todo tipo de força escravizadora (Gl 5.1). A esperança que temos em Cristo, as riquezas gloriosas que nele temos e o incomparável poder de nos tomar para si e nos amar de maneira que nada e nem ninguém, em tempo algum, poderá nos separar de Seu amor, mudam tudo! Ressignificam tudo. Não há perda aqui que nos empobreça de fato. Não há rejeição aqui que possa nos destruir. Nele e por ele podemos, para a glória de Deus (Fl 1.13). Essa é a verdadeira prosperidade dos filhos de Deus. Que sejamos iluminados, como Paulo orou, a fim de que conheçamos e vivamos!

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