“De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos.” (2 Coríntios 4.8-9)
Todos enfrentamos lutas. E Paulo neste texto faz uma descrição interessante delas. São lutas que entram em nosso dia, em nossa vida, por todos os lados. Ainda que o apóstolo não estivesse pensando nisso, podemos considerar os aspectos pessoais de cada um de nós, e comprovar que ele tem razão no modo como fala. Há lutas que nos chegam de fora, por fatores externos a nós. Lutas que nos chegam de dentro, por fragilidades e feridas que nos habitam. Lutas que enfrentamos em casa, no contexto de nossa relação conjugal ou familiar. Lutas que enfrentamos na escola, no trabalho, nas relações sociais. Elas chegam por todos os lados. Que Deus tenha misericórdia de nós para que elas não cheguem todas ao mesmo tempo, como aconteceu com Jó. Afinal, quem conseguiria ter a performance dele diante de tantas lutas?
Quando lutas chegam à pressão aumenta. Pensamentos negativos, desanimo, ansiedade. Envolvidos por tudo isso, corremos o risco de cair em desânimo. Podemos enfrentar situações que nos causem perplexidade. Como algo assim pode acontecer? Como fulano pode fazer ou pode falar isso? Como eu pude ser capaz de agir dessa forma? Perplexidade: uma paralisação momentânea diante do não esperado! As vezes somos perseguidos, eventualmente por pessoas e talvez mais frequentemente por pensamentos que nos fazem mal. As vezes nos vemos abatidos, consumidos pelo sentimento de não desejar mais fazer coisa alguma. Fruto de uma descrença de que algo possa ser feito. Pouquíssimos seres humanos jamais sentiram essas coisas, se é que há alguém que jamais as sentiu.
Mesmo o apóstolo Paulo sentiu tudo isso. Mesmo crendo e sabendo o que sabia, a vida foi desafiadora para ele. A vida cristã não é um escudo protetor contra intempéries existenciais. Porém, diz o apóstolo: pressionados, mas não desanimados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos. Porque Aquele, cuja palavra tudo criou, nos ama e está por perto. Ele já resplandeceu em nossos corações ao nos levar ao conhecimento de Cristo. Ser cristão é, diante das lutas, aprender a ter Deus como primeira e última instâncias da vida. É aprender a tudo submeter a Ele e em tudo confiar buscando nele a última palavra. Ele disse que nos ama e em tudo age para nosso bem. Por isso, tendo tudo para desistir, podemos escolher dar mais um passo. Como está o seu momento de vida? Está tudo bem? Que ótimo. Mas, se dias difíceis já chegaram ou quando chegarem, se estiver enfrentando lutas, lembre-se do que o apóstolo escreveu. Deus ama você e está por perto. Não perca a esperança!