Para onde vamos

Para onde vamos

A nossa civilização é um navio movendo-se rapidamente em direção ao futuro. Ele está mais sobrecarregado do que todos os outros antes dele, a quantidade de escolhas de 7 bilhões de seres humanos é incalculável, e foi em uma delas que houve a mutação do vírus. Nós podemos não ser capazes de prever todos os riscos das decisões individuais, mas temos que verificar nossos dispositivos de segurança e as habilidades da tripulação.

Tentar traçar um percurso prudente entre os estreitos e os recifes, que virão com a recessão mundial e o aumento da pobreza. O mundo se tornou pequeno demais para nos perdoar de qualquer erro, veja o caso da bomba atômica que pode dizimar a raça humana e agora o consumo de animais silvestres na China. Neste mês de março temos que nos preparar para o grande mergulho no desconhecido.

Nunca vimos cidades inteiras desertas em quarentena, Roma, Madrid, Paris Nova York e muito mais. A quantidade imensa de perdas humanas. A quarentena que implode as relações sociais. A idéia de progresso material é muito recente, significativa apenas nos últimos trezentos anos mais ou menos, e coincidiu intimamente com o surgimento da ciência e da indústria e com o correspondente declínio das crenças tradicionais.

Não mais nos dedicamos a pensar sobre o progresso moral, que tínhamos no passado.¹ O progresso tem uma lógica interna que pode ultrapassar a razão e nos levar à catástrofe. Uma sedutora trilha de sucesso pode terminar em uma armadilha.

“O poder desencadeado pelo átomo mudou tudo, exceto o nosso modo de pensar”, escreveu Albert Einstein.

Existe a ideia do progresso sem limite e sem fim.
Thomas Huxley perguntou:”Onde está o homem que tem o suficiente para estar livre do perigo? A tecnologia vicia. Às vezes, um benefício se trasforma em armadilha. Os aviões são rápidos, mas levam nas pessoas vírus e bactérias.

*João é natural de Salvador, onde reside. Engenheiro civil e de segurança do trabalho, é perito da Justiça do Trabalho e Federal. Neste espaço, nos apresenta o mundo sob sua ótica. Acompanhe semanalmente no site www.osollo.com.br.

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