“Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.” (Mateus 5.9)
Pacificadores sempre fizeram falta e ainda fazem. É bem mais fácil encontrar os que alimentam a discórdia, a distância e o problema do que encontrar os que trabalham pelo acordo, se esforçam para criar pontes e aproximação, que contribuem para a solução do problema. Quantas brigas e feridas eram realmente inevitáveis? Quantas disputas que dividiram famílias e igrejas foram realmente necessárias? O problema é nossa dureza de coração. Não queremos ouvir, considerar, esperar, não nos dispomos a ser humildes e não suportamos a ideia de perder. Mas, na verdade, acabamos perdendo.
Não creio que, num mundo de pecadores, todas as disputas, conflitos e rompimentos possam ser evitados. Creio que são, algumas vezes, sob algumas circunstâncias, necessários. Afastar-se e desligar-se muitas vezes é uma necessidade e é saudável! Os pacificadores não são pessoas que nunca se afastam ou mesmo rompem relacionamentos. Mas são pessoas que acertam muito mais ao fazê-lo e o fazem da melhor maneira possível. Jesus é o Príncipe da Paz (Is 9.6), mas não andou fazendo acordo com todos. Ele teve conflitos fortes com fariseus, mestres da Lei e líderes judeus. Porque não há paz verdadeira quando há o que é reprovável, injusto e destituído de amor.
Os pacificadores serão chamados filhos de Deus porque promovem o que Deus propõe a todo ser humano: reconciliação. Paulo disse que reconciliados pela fé em Cristo, temos paz com Deus (Rm 5.1). Os pacificadores são uma dádiva! Eles evitam feridas e rompimentos desnecessários. Num mundo tão conflituoso, cheio de egos inflamados e inflados, ser pacificador não se aprende em qualquer esquina. Uma vez que oramos ao Deus que nos propõe reconciliação, devemos aprender a trabalhar pela paz. Ela tem um preço, mas nenhum se compara ao que Jesus pagou para que tenhamos paz com Deus. Aprenda a ser um pacificador, uma pacificadora. Seja um muro contra a discórdia e não alimente desentendimentos. “Procurem aperfeiçoar-se, exortem-se mutuamente, tenham um só pensamento, vivam em paz. E o Deus de amor e paz estará com vocês.” (2 Co 13.11)