Como a presidente Dilma Roussef, em seu discurso na ONU, protestou contra a espionagem americana nas coisas do Brasil e pediu regras internacionais que coíbam esse tipo de intromissão, foi muito elogiada por seus pares. Apenas no Brasil o discurso da presidente foi considerado ridículo. Ora, claro que o discurso de Dilma nem fez cócegas nos americanos: eles vão, montados em sua força, continuar a espionar o mundo. Também é verdade: a presidente não podia deixar de protestar, de marcar uma posição. Os mesmos jornalistas e articulistas que hoje diminuem a fala da presidente, se ela não falasse nesse tom, estariam tripudiando e nos assacando o famoso complexo de vira-latas.
Com essa posição atual, vira-latas são eles: apoiam o lixo da história.
Um grande filme
Garimpando preciosidades em DVDs, como sempre faz quando visita as Lojas Americanas, esse escriba descobriu lá, por módicos R$ 9,99, o precioso Um Estranho no Ninho. Grato a todos os que prezam a liberdade, o filme de Milos Forman, com Jack Nicholson, Louise Fletcher e William Redfield e as soberbas participações de Danny de Vito e Cristopher Lloyd, conta a história de um malandro que simula uma esquizofrenia para ser internado em um hospício. Daí vem o drama da falsa doença e a luta pela liberdade dentro do hospício, que contagia todos os internos. Um Estranho no Ninho arrebatou 5 Oscars em 1975.
Maravilhoso.
O silêncio das montanhas
A Artevida continua, com seu pequeno mas honesto estoque livresco, a surpreender agradavelmente o escriba. Há dias, fomos apanhados com a existência lá do livro de Kaled Rosseini (O Caçador de pipas), O Silêncio da Montanha. Ainda não lemos, mas vamos fazer isso e comentar.
O livro vem sendo cotado como ótimo.
Ulysses
Há presentes que a gente não esquece, pela excelência do próprio presente e pela saudosa lembrança que ele nos traz do dono. Meu amigo querido, Francistônio Pinto, um dia me presenteou com o livro do jornalista Luiz Gutemberg, “Moisés, codinome Ulysses Guimarães”. Na biografia, Gutemberg, com engenho e arte, destaca a grande liderança que foi Ulysses e mostra toda a trajetória do Senhor Diretas dentro da história política brasileira. Não é um livro meramente laudatório, pois também mostra as falhas pessedistas de Ulysses, mas reconta toda a genialidade do Velho na arquitetura dos momentos e no combate à ditadura.
Um presente iluminado de Francistônio, presente que honra o presenteador.
Mais médicos
É comovedor como as populações carentes de regiões que não viam um médico há anos estão recebendo os médicos estrangeiros que chegam ao Brasil. São recebidos com festa, mostrando que o povo quer ação e soluções que minorem, suas dores. Mesmo que os Conselhos tentem atrapalhar, eles estão chegando.
Que o governo, agora, procure melhorar as condições de atendimento.
As falas de Ulysses ou, pelo menos, repetidas e consagradas por ele
“As ideias podem brigar, os amigos, não”.
“Em política não se deve ter um amigo com o qual não se possa brigar ou um inimigo com o qual não se possa reconciliar.”
“O poder traz orgasmos.”