Operação Fraternos: delegado-chefe da PF e advogado falam em coletiva de imprensa

Operação Fraternos: delegado-chefe da PF e advogado falam em coletiva de imprensa
Advogado de defesa dr. Maurício Vasconcelos (Foto: OSollo)

Na tarde de quarta-feira (8),no município de Porto Seguro, aconteceu a coletiva de imprensa onde o delegado-chefe da  Polícia Federal de Porto Seguro, Pancho Rivas, e o dr. Maurício Vasconcelos, advogado de defesa dos ex-prefeitos Cláudia Oliveira e Robério Oliveira, falaram na sede da Polícia Federal sobre a operação deflagrada na última terça-feira (7), em que investiga um  esquema de fraudes em licitações nos municípios de Eunápolis, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, que, segundo os investigadores, teria desviado R$ 200 milhões.

Fala do advogado de defesa dr. Maurício Vasconcelos

Quando perguntado a respeito da demora de seus clientes ao se apresentarem à Polícia Federal, o advogado dr. Maurício Vasconcelos afirmou que “é porque eles estavam indo em viagem à Teixeira de Freitas para compromissos políticos, e em função do mal tempo e da estrada, eles se hospedaram em um hotel próximo a Itamaraju, para no dia seguinte chegar a Teixeira de Freitas, só que no dia seguinte, pela manhã, apareceu à notícia da operação”.

Com relação do acesso ao inquérito para obter mais informações sobre as acusações, o dr. Vasconcelos disse que não teve oportunidade, uma vez que “esse inquérito corre em Brasília, no Tribunal Regional Federal, e não foi deferida vista dos autos à defesa”. O que o dr. Vasconcelos definiu como “um desrespeito à súmula XIV do Supremo Tribunal Federal”. Razão pelo qual, “medidas estão sendo tomadas por parte da defesa em Brasília, no TSJ”, disse o advogado.

A respeito da determinação judicial que culminou no afastamento dos acusados, dr. Vasconcelos classificou como “uma medida absurda, porque os fatos que dão suporte a este inquérito policial são fatos passados, não sendo fatos atuais, não são fatos contemporâneos, por isso, contraria a própria jurisprudência do Tribunal Superior de Justiça, e não há nenhuma possibilidade deles estarem interferindo alguma coisa no exercício da função desde quando os fatos apurados são fatos antigos e passados”. Medidas estão sendo tomadas em Brasília para reverter esta determinação a fim de reconduzir os acusados aos seus respectivos cargos, conforme informou Vasconcelos.

Fala do delegado-chefe da Polícia Federal de Porto Seguro, Pancho Rivas

Ao ser perguntado sobre os detalhes dos depoimentos dos acusados, o delegado-chefe da Polícia Federal no município de Porto Seguro, Pancho Rivas, afirmou que os mesmos encontram-se em segredo de justiça, uma vez que se poderia “prejudicar os trabalhos investigativos”.

Com relação à veracidade ou não de uma suposta lista de envolvidos no esquema, o delegado respondeu que não poderia “afirmar e nem negar se a lista é verdadeira, porque não foi a Polícia Federal que divulgou esses nomes”, e ainda aproveitou a pergunta para enfatizar que “o trabalho da Polícia Federal é técnico, não tendo intenção de expor quem quer que seja”; razão pelo qual não se divulgou nem mesmos os nomes dos alvos das medidas cautelares.

O delegado ainda informou durante a coletiva que a “Polícia Federal está vigilante no combate a corrupção e que as medidas estão sendo tomadas e que nós estamos tendo acuro com a coisa pública, mas a gente não tem intenção em antecipar juízo de condenação ou julgar quem quer que seja, o nosso trabalho é iminentemente técnico”.

Quando perguntado sobre o apoio da população, o delegado-chefe Pancho Rivas disse que “a Polícia Federal fica extremamente gratificada em ver o reconhecimento de seu trabalho”. A decisão sobre a permanência do afastamento, ou, não, dos prefeitos Roberio e Claudia Oliveira pode sair a qualquer momento.

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