Ontem a polícia de Minas Gerais informou ter localizado o corpo de mais uma vítima
A mineradora Samarco não é a única que deve ser responsabilizada pelo desastre ambiental em Mariana e o governo também precisa assumir seu papel na proteção às vítimas. O alerta foi feito na terça-feira (15) pela principal autoridade da ONU sobre Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein.
O alto Comissário da ONU para Direitos Humanos usou seu discurso anual em Genebra para destacar o desastre em Minas como um dos temas de preocupação do ano, ao lado da guerra na Síria e a situação dos refugiados. Ao explicar que esteve com autoridades brasileiras na semana passada, ele indicou que fez questão de tocar no tema. Para a ONU, porém, não basta colocar a culpa na Samarco.
“Recordei (às autoridades) da responsabilidade compartilhada que estados e empresas devem ter na proteção e respeito pelos direitos humanos”, insistiu. A presidente Dilma Rousseff voltou a dizer ontem que o governo está comprometido com a recuperação do Rio Doce e com a punição aos responsáveis pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG), que deixou ao menos 16 mortos.
“Asseguro ao povo de Mariana, aos capixabas e às pessoas do entorno da bacia do Rio Doce que vamos tomar todas as medidas necessárias para reparar os danos àqueles que perderam familiares e suas formas de sustento”, afirmou, em discurso na cidade mineira de Congonhas, a 70 quilômetros da barragem.
Ontem a polícia de Minas Gerais informou ter localizado o corpo de mais uma vítima. O cadáver estava no vilarejo de Bento Rodrigues.
Correio