Democratizar o acesso à tecnologia e estimular a criação de projetos de robótica, utilizando lego, madeira, circuitos e fios. Esta é a essência da Etapa Estadual Bahia da Olimpíada Brasileira de Robótica, que será realizada dia 31 de agosto, na Escola SESI Bernardo Martins Catharino, no bairro de Itapagipe, em Salvador, das 8h às 18h. O acesso é aberto ao público e é gratuito.
Com 411 inscritos de escolas de 16 cidades, a OBR reunirá equipes de Salvador, Feira de Santana, Lauro de Freitas, Simões Filho, Cruz das Almas, Candeias, Camaçari, Seabra, Presidente Dutra, Lapão, Irecê, Iraquara, Ibititá, Franco da Rocha, Eunápolis e Barra do Mendes. A competição é o segundo maior evento de robótica realizado anualmente aqui no estado, organizado pela OBR em parceria com a Escola SESI Bahia.
Os competidores são estudantes de 11 escolas públicas, 22 escolas particulares, 4 institutos federais e 11 equipes de garagem. Os grupos de garagem são equipes independentes, sem vínculo com escolas, formado por apaixonados pela robótica.
A etapa estadual é a parte da Modalidade Prática da Olimpíada em que equipes formadas por estudantes dos ensinos fundamental e médio/técnico competem nas categorias Robótica de Resgate e Robótica Artística. A melhor equipe de cada categoria conquista uma das 4 vagas para a etapa nacional.
Além da competição em si, os 411 participantes da OBR poderão fazer um tour na Estação Ciência, espaço interativo de Ciência e Tecnologia, mantido pelo SESI, que fica sediado na unidade onde será realizada a competição.
Categorias e nº de participantes
Robótica de Resgate
- Categoria N1 – Ensino Fundamental: 35 equipes, totalizando 130 competidores.
- Categoria N2 – Ensino Médio e Técnico: 65 equipes, totalizando 240 competidores.
Robótica Artística
- Categoria N1 – Ensino Fundamental: 4 equipes e 4 competidores.
- Categoria N2 – Ensino Médio e Técnico: 10 equipes e 37 competidores.
Transformação
O Serviço Social da Indústria (SESI Bahia), por meio da Escola SESI, é o principal apoiador da OBR na Bahia, assegurando não apenas o espaço para a realização da competição, como também toda a infraestrutura logística para que o evento aconteça.
A superintendente executiva de Educação e Cultura do SESI Bahia, Cléssia Lobo, lembra que a entidade também é o operador do Torneio SESI de Robótica FIRST Lego League, que tem etapas regionais, nacional e internacional e é realizado no final ou início do ano na Bahia, a depender do calendário nacional.
“Nós acreditamos que a robótica é um instrumento de transformação da aprendizagem, que estimula o estudante a buscar soluções e, a partir daí, desenvolver novos conhecimentos, bem como o gosto pela ciência e tecnologia. Por isso, o SESI, por meio da Escola SESI, investe neste tipo de iniciativa”, destacou Cléssia.
Na avaliação de Cléssia Lobo, considerando que o país tem grandes desafios nestas duas áreas, estimular a prática da robótica pode ser uma forma de estimular o gosto pela ciência e tecnologia no jovem. “Estou convencida de que, por meio da robótica, estimulando o estudante para, a partir de uma atividade lúdica, mas que também o leva a desenvolver suas próprias metodologias de investigação e pesquisa, conseguimos encurtar o caminho para melhorar nosso desempenho nestas áreas”, explica Cléssia Lobo.
O que é a OBR?
A Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) é uma iniciativa pública, gratuita e sem fins lucrativos, formada por professores, pesquisadores e entusiastas da área de robótica e tecnologia das maiores e melhores instituições do Brasil. A iniciativa é apoiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), além de outras instituições e empresas.
O objetivo é estimular os jovens às carreiras científico-tecnológicas, por meio de uma olimpíada científica de robótica, destinada a estudantes do ensino fundamental ao médio de escolas públicas e privadas, transformando a robótica educacional em um tema acessível e estimulante.
As atividades da OBR incluem competições práticas, envolvendo robôs construídos pelos estudantes, e provas teóricas que são realizadas em cada país participante. Desta forma, a OBR busca se adaptar tanto ao público que nunca teve contato com robótica quanto às escolas que já integram a robótica educacional, inspirando jovens estudantes a desenvolver soluções práticas e tecnológicas com os robôs, e assim aprimorar seus conhecimentos e capacidades.