“A intenção dessa graça era que agora, mediante a igreja, a multiforme sabedoria de Deus se tornasse conhecida dos poderes e autoridades nas regiões celestiais, de acordo com o eterno plano que ele realizou em Cristo Jesus, nosso Senhor, por intermédio de quem temos livre acesso a Deus em confiança, pela fé nele.” (Efésios 3.10-12)
Uma igreja tem a vocação de ser contadora de histórias. Tem também a vocação de ser poetiza e compositora para, por meio das mais diversas expressões artísticas, facilitar a todos o conhecimento de Deus e o encontrar-se com o caminho da graça. A igreja não possui a graça para fazer dela o que quiser, para emoldura-la em suas exigências e normas. Isso é profanação! A igreja não deve servir-se da graça, mas o contrário, é a graça que se serve da igreja. Só assim ela é Corpo de Cristo e não apenas uma associação religiosa. Este é o plano incompreensível de Deus realizado em Cristo! Ele veio e inaugurou um caminho pelo qual pecadores têm livre acesso a Deus! A igreja não deve se colocar como pedágio nesse caminho!
A igreja deve ter a decência de se colocar em seu devido lugar e ser uma verdadeira porta-voz da bela obra do amor de Deus. Pois a relação desse Deus soberano e todo poderoso com gente frágil e pequena como nós é muito bela. É cheia de amor. Deus abre espaço para nós. Ele não faz um trilho para andarmos, nos propõe um caminho. Somos um grupo de pessoas diferentes entre si, mas igualmente pecadoras. Todos necessitados de mais amor, acolhimento, perdão e apoio. Devemos dar isso uns aos outros enquanto recebemos tudo de Deus. O aperfeiçoamento de cada um será uma consequência. Sob esse legado divino, poderemos aprender ou reaprender a viver.
Viver acreditando mais em Deus do que em nós mesmos. Mais na grandeza de Seu amor do que na feiura de nosso pecado. É isso que Cristo declarou na cruz: a vitória do amor sobre o pecado e a morte. Viver do plano de Deus que Ele já realizou em Cristo. Os seres celestiais não podem compreender esse plano e muito menos nós, seres humanos. Viver da proximidade com o Deus que nos amou e se aproximou. Que abriu as portas do Reino e convidou pecadores para entrar. Lá dentro a vida muda e precisa mudar, de dentro para fora. Algumas vezes de forma relutante, mas sempre sob a benção do amor do grandioso Deus. Tudo pela fé nele, no que Ele fez e que jamais compreenderemos.