O vice de João

Depois de muita discussão, saiu o nome do candidato a vice na chapa do PT: Gilberto do Sindicato.

Era o que se esperava.

CONVENÇÕES E IMPALATABILIDADES

Passado o Triângulo das Bermudas das convenções, começa agora a guerra das campanhas. Como os partidos têm até 5 de julho para apresentar os nomes dos candidatos, o perrengue ainda pode continuar, pois acontecerão impugnações. Algumas coisas ainda estão desentendidas. Em Teixeira, um desentendimento foi a saída de Marta Helena como vice do deputado Temóteo. A colocação é: ela podia não ficar com João Bosco, podia desistir da candidatura, podia ser candidata à vereança, só não podia ser vice de Temóteo por imposição de Wilsinho Brito, isso depois do que Temóteo fez a ela. Ficou fraca e não tem como explicar esse posicionamento.

Só ela pode explicar.

JOÃO BOSCO

Outra coisa que muita gente não está entendendo é a presença do radialista Lucas no palanque de João. Ele, Lucas, era candidato a prefeito, quis ser vice de João, o PMDB não deixou e Lucas agora está, sem candidatura, no palanque de João Bosco, apoiando-o. O pessoal do deputado afirma que é manobra de Uldurico, patrão de Lucas, e que, se o PT ganhar, os Pinto vão tomar conta da Prefeitura.

Os dois lados estão cheios de argumento. Convencerão o povo?

OUTRA NÃO EXPLICADA

Depois de falar alhos e bugalhos do deputado Temóteo, o vereador Júlio Garotinho decidiu ficar com ele. Na Convenção, tirou fotos com áulicos do deputado e foi até citado em determinado site como líder da bancada do prefeito Apparecido.

Aguardam-se explicações.

PORTO SEGURO

Chegou a essa coluna os dados de uma pesquisa de Porto que dão Natal, Cláudia e Lúcio em empate técnico. Sendo verdadeira, surpreende, principalmente no caso de Lúcio, politicamente desconhecido.

Confirmados os dados, mostram eles a força de Ubaldino.

Aguardemos.

PRADO

Na convenção do PC do B no Prado, lançamento da campanha de Jonga à reeleição. Analistas entendem que o prefeito pradense vai ter que suar frio pra bater Mayra Brito.

Só o tempo nos dirá a verdade verdadeira.

ALCOBAÇA

Candidato à reeleição, o prefeito Léo Brito vai ter que lutar muito para se eleger. Entendidos na política de Alcobaça afirmam que Léo perde no centro e vai ter que reverter essa tendência no interior. Não é à toa que o prefeito está atendendo todas as demandas interioranas. A adesão do empresário Zé Carlos a Bernardo Olívio redimensionou o pleito.

Nosso estoque de goiabinhas está crescendo.

AS GOIABINHAS

Tudo que escrevemos aqui é o que escutamos das vozes roucas da rua e não deve soar como verdades absolutas (existe isso em política?) ou vontade da coluna ou do escriba. Temos as nossas preferências, mas elas ficam guardadas do lado esquerdo do peito.

Enquanto colunistas, continuamos com Stanislaw Ponte Preta: comendo as nossas goiabinhas e chupando as laranjas limas do Dito.

PRETENSÃO E RIDÍCULO

Um espanto, a pretensão da Globo e do colunista Nelson Motta em tentar refazer o final do filme imortal Casablanca. Motta, amparado pelo beneplácito tecnológico da Globo, tentou dar um “final feliz” à Casablanca. Desastrosa tentativa. Para urdir esse “final feliz” (e quem disse que o final original do filme não é feliz?) Nelson Motta junta Ilsa (Ingrid Bergman) e Rick (Humphrey Bogart) em Paris e termina a trama ali. Para que um final edulcorado acontecesse, a Globo e Nelson abriram mão da cena dos nazistas no Rick’s Bar sendo calados pela orquestra regida pelo dissidente Victor Lazlo; da despedida de Louis, o policial corrupto do mundo da corrupção e da magnífica despedida entre Rick e Ilsa. Sim, pois o final melífluo engendrado pela Globo e pelo colunista aborta a possibilidade temporal dessas cenas acontecerem. Como o filme existe pelo conjunto dessas e outras cenas, Casablanca se transformaria, para nosso horror, em um reles e jeca Love Story.

Coisas da Globo, que sempre adora reformar o mundo, tornando tudo fantasticamente melado.

DEMÓSTENES

Por 14 x 0, o Conselho de Ética do Senado aprovou, dia 25/06, o parecer do relator Humberto Costa, que recomenda a cassação do mandato do senador Demóstenes Torres. O processo segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça e, se lá for aprovado, seguirá para votação em plenário. Deve ser isso que está deixando os apoiadores do senador tão alterados.

Para a maioria dos entendidos, Demóstenes já era.

Convém aguardar.

DÉRCIO MARQUES

O dia 27 de junho amanheceu enfarruscado, querendo chover, céu plúmbeo, muitas nuvens. Um dia triste que ficou infinitamente mais triste. Estava esse escriba na Faculdade, já se preparando para as melopeias trabalhistas diárias, quando tocou o celular. Era o amigo Zé da Baiana, avisando que o cantador Dércio Marques havia partido fora do combinado na noite anterior. O resto do dia foi só tristeza e saudade. Dércio, considerado pelo próprio o melhor intérprete de Elomar, cantador das Américas (o pai era uruguaio), homem de uma fibra incrível, de uma sensibilidade sem tamanho e de um engenho e arte maiores ainda, não era só um grande artista: era um grande companheiro, um amigo. Muitas vezes, quando o Menino Encantado vivia e estava doente, veio à nossa casa visitá-lo. Dércio se foi e suas canções ficaram, asas ritmadas que nos fazem voar. Namorada do Cangaço, Disco Voador, Ciranda, Rio de Lágrimas, Fulejo, o Brasil e o mundo nas canções que ele recriava. Nesse momento, escrevendo essas linhas, ainda com a cabeça pesada e olhos turvos, ouço Ponto de Cruz.

Do meu lado, Dércio solfeja de olhos fechados, como costumava fazer.

Adeus, amigo e companheiro, tropeiro encantado de cantigas, que tanto nos ajudou a pastorear as dores e torná-las menos sofridas pelos versos das canções.

Dércio Marques, marquês de tanta simples nobreza. Deve estar agora, ele e Padre José, cantando lá no céu as canções inspiradas pela vida.

COM DÉRCIO EM ANJOS DA TERRA

“…sou um sonhador…”

 

 

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