O trabalho do inimigo

“Os servos do dono do campo dirigiram-se a ele e disseram: O senhor não semeou boa semente em seu campo? Então, de onde veio o joio?” (Mateus 13.27)

O trabalho do inimigoO joio nasce e se desenvolve no mesmo lugar onde o trigo nasce e se desenvolve. Eles precisam do mesmo tipo de solo e frutificam na mesma estação do ano. São duas plantas muito diferentes, mas também com muitas semelhanças. Jesus as usa para nos explicar sobre o Reino de Deus, dizendo que ele é como um campo semeado com trigo, mas onde também nasce o joio. O lavoura do Reino é de trigo, mas o joio está presente, misturado ao trigo. Chega um momento da plantação em que já é possível distinguir um do outro: quando as espigas começam a se formar. Elas são muito diferentes em vários aspectos.

Cada cristão foi alcançado por Cristo para ser trigo, e da melhor qualidade. Mas seguirá pela vida precisando cuidar do seu lado joio. Cada igreja, não importa o quanto trabalhe e o quanto se esforce, seguirá na história como uma plantação mista – trigo e joio. Na parábola os servos perguntam ao dono do campo de onde teria vindo o joio. Um inimigo veio e, enquanto todos dormiam, semeou o joio no meio do trigo (v.25). Jesus ensinou que devemos ser vigilantes porque o espírito está pronto, mas a carne é fraca (Mc 14.38). O inimigo não perde oportunidade alguma para que o joio prevaleça em nossa vida e em nossa comunidade de fé, sufocando o trigo! Mas o campo tem um dono. Ele é maior que o inimigo e sabe muito bem o que fazer. Ele é nosso refugio.

O que o joio causa à plantação? O joio é facilmente infectado por um fungo que torna seu fruto venenoso e um risco à saúde. O joio dentro de nós e entre nós torna mais difícil nossa jornada de fé. Ele contribui para nossa imaturidade e deixa nossa luz opaca, nosso testemunho fraco. O que ele corrompe? Facilmente pensamos nas questões ligadas aos nossos costumes, como não fumar, não beber e evitar ir a certos lugares e práticas… mas deveríamos ser mais profundos e perceber que a essência do trigo é o amor a Deus e ao próximo. É o que verdadeiramente distingue o joio do trigo. Por isso é que separar um do outro é tarefa reservada para a colheita. Para aquele que vê além de aparências e costumes. Que vê o coração.

 

 

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