Com o avanço dos anos que estou vivendo, por trás do que escrevo está um corpo que sente, pela primeira vez, a vulnerabilidade dos ossos e a apreensão sobre os movimentos. A fragilidade que sempre enfrentei de frente agora tem mais poder. Ter força para caminhar e evitar quedas torna-se uma preocupação concreta, revelando uma mente experiente que desafia os músculos.
As mudanças irreversíveis na mente e no corpo, como acordar menos resiliente do que antes em certas manhãs ou descobrir no Natal que sua capacidade de mobilização diminuiu ou foi perdida, levantam questionamentos. A forma como você vive a maior parte da sua vida já passou. A percepção da passagem do tempo, essa lentidão constante, se multiplica e se torna parte da sua própria vida.
A vida não tem um “final feliz”, mas enquanto estivermos vivos, podemos seguir o conselho do filósofo grego Epicuro, que criou a doutrina de valorizar os pequenos prazeres para alcançar uma existência mais feliz. Ele também disse: “A liberdade é o maior fruto da autossuficiência”.