“A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados. Pois ela foi submetida à futilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência em que se encontra para a gloriosa liberdade dos filhos de Deus.” (Romanos 8.19-21)
A visão cristã da vida estabelece que uma pessoa somente existirá com sustentabilidade, harmonia e significado verdadeiros, se viver como filho de Deus. Ele nos criou e nos inseriu num mundo imenso, repleto de recursos e possibilidades. Nos fez segundo Sua própria imagem e semelhança. Por isso somos criativos, capazes e produtivos. Mas estamos usando nossas capacidades e os recursos disponíveis de maneira errada, estamos destruindo e reduzindo a vida em lugar de cuidar dela. Não somos os donos disso tudo e um dia prestaremos contas a quem pertencem todas as coisas!
O pecado não é apenas uma coisa errada que fazemos. É um jeito errado de compreender a vida. É ilegalidade, é apropriar-se do que não nos pertence. É um jeito egoísta, materialista, simploriamente pragmático de viver. Um jeito de viver que nos afasta da fé em Deus, do ideal de uma vida ética, amorosa e profunda, e nos empurra para a superficialidade. Nas palavras de Paulo, ficamos submetidos à futilidade. O pecado é um jeito fútil de viver, gastar os recursos, explorar a natureza, usar os dons e nos relacionar.
Ser cristão é voltar às origens. É ser resgatado do destino de tornar-se um filho do tempo, alguém dominado pelo espírito da época. É ser feito filho de Deus. É desiludir-se e submeter-se, conhecer o amor e graça de Deus e reorientar a vida por meio da fé – algo sem sentido para quem ainda não “viu” a Cristo. É seguir vida a fora aprendendo a amar a Deus e ao próximo, celebrando a vida de um jeito novo. A natureza se ressente da ausência e anseia a manifestação de gente que viva assim, como filha de Deus! Mas esse problema, embora grande, terá um fim.