Ela sempre foi dessas que sorria todos os sorrisos, a alegria de quem quer que fosse era a sua também. Ela queria dividir as suas conquistas, gritava alto a sua felicidade! É que aquele sentimento transbordava, ela achava que precisava compartilhar e fazer feliz também quem estava perto dela.
Mas ela não sabia que se alegrar com a felicidade do outro é um dom que nem todo mundo tem. Pode parecer estranho, mas há quem pense que a vida é uma eterna competição e que torcer pelo fracasso alheio será o seu sucesso. Que engano! Quem se valoriza não depende do outro pra reafirmar o seu valor. A verdadeira vitória não é contra alguém, é a favor de si. Já dizia o ditado, o universo conspira a favor de quem não conspira contra ninguém– ela sempre soube disso e estava tão ocupada sendo feliz que demorou a perceber o mal que lhe desejavam. Tinha muita gente mais preocupada com a vida dela do que com a própria vida. E não é que a “grama dela fosse mais verde”, ela apenas era daquelas que cuidava do seu jardim e admirava cada flor que brotava como reconhecimento do seu esforço. O problema é que algumas pessoas simplesmente não gostam de flores…, mas isso não fez com que ela murchasse. O mal cai sobre terra quando chega perto dela. Não vou dizer que foi fácil, mas ela aprendeu, e hoje ela sabe bem quem merece um buquê, quem merece um botão e quem merece ficar com o próprio espinho.
Não tem como comparar, não dá pra copiar, não existe outro sorriso igual ao dela. E ela continua sorrindo quando vê alguém sorrir por aí, isso lhe faz tão bem! Só que ela entendeu que não precisa abrir a sua vida como um livro, algumas vezes é melhor deixar as pessoas imaginarem qual é o motivo do brilho nos seus olhos. A felicidade não foi feita para provar, foi feita para sentir. Quem é feliz simplesmente é, não precisa competir.”