”Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados! Como é feliz aquele a quem o Senhor não atribui culpa e em quem não há hipocrisia!” (Salmos 32.1-2)
Há uma pensamento padrão que domina e orienta os esforços da maioria de nós: alcance o sucesso e então você será feliz! Crendo nisso nos dedicamos à procura do melhor caminho para o sucesso. Procuramos aprender e seguir os passos de pessoas que nos parecem bem sucedidas. Lemos sobre suas vidas e levamos a sério seus conselhos. Muitas vezes fazemos o que nem gostamos tanto, mas acreditamos ser esse o preço a ser pago pela felicidade. Nessa jornada sucesso e dinheiro se confundem, e este representa aquele.
Mas nos esquecemos de que há muitas pessoas que são bem sucedidas em suas carreiras, que ganham muito dinheiro, mas que não são felizes. E, segundo Jesus, o salmista está correto ao relacionar felicidade com perdão. Ele disse que somente se o Filho nos libertar é que seremos livres (Jo 8.36). Ele está falando do domínio do pecado que é a divergência entre a nossa visão e a visão que Deus tem da vida. O pecado nos leva a abraçamos valores e alvos diferentes dos pretendidos por Deus para nós. E não há felicidade na divergência com Deus. O perdão é a reconciliação, a volta para Deus. É a possibilidade de sermos influenciados por Deus sobre o que de fato tem valor na vida. Para realizarmos escolhas e termos atitudes que nos farão felizes.
Por isso, bem aventurado os perdoados. Aqueles para quem Deus olha e não os considera culpados de permanecerem vivendo apenas para si mesmos. Felizes aqueles a quem Deus não considera hipócritas, que abriram mão das máscaras do dinheiro, das posses e posições. Que ocupam-se mais do que são e colocam o que têm a serviço do amor a Deus e ao próximo. A felicidade não está e jamais estará depois do sucesso. Ela é companheira do perdão, da mudança vida. É filha primogênita da comunhão com Deus.