“O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” (1João 2.17)
Há muitas coisas no nosso estilo de vida, em nossa sociedade, que não surgiram por inspiração de Deus e nem em decorrência de nossas necessidades legítimas como seres humanos. São desvios, deturpações, resultados da corrupção que nos atingiu. São pecados cometidos contra Deus e contra nossa própria natureza humana, nossa identidade como seres criados à semelhança de Deus. Esses desvios, em sua maioria, têm a ver com motivações e prioridades. Tem a ver com o modo como lidamos com as coisas, as pessoas e a vida em si. E o resultado imediato delas é vazio existencial e perda de comunhão com Deus. Elas não contribuem de fato com nossa vida e desonram ao nosso Criador.
Certa vez fui questionado por um líder cristão sobre o que eu achava do dinheiro. Eu disse que achava uma benção ter dinheiro. Ele me deu a entender que o considera um mal, algo mais que apenas um objeto. Um tipo de “deus” que tem um poder místico de corromper, um mal em si mesmo. Eu discordei. Expliquei-lhe que acredito que o dinheiro é um objeto e seu poder sobre nós depende de como nos relacionamos com Deus. Se formos gananciosos o dinheiro terá grande poder sobre nós. Qualquer coisa, ainda que legítima, pode ser fonte de corrupção. Por exemplo, o cuidado com o corpo. Dependendo do valor que dermos a isso, poderemos pecar contra nossos relacionamentos e contra Deus, fazendo de algo bom, um mau em nossa vida.
O dinheiro faz parte de nosso mundo e de nossa vida. Precisamos aprender a lidar com ele para que seja uma benção e não um mal. O apóstolo não está nos pedindo para desistir da vida ao nos avisar que este mundo passa. Ele está nos alertando sobre o modo como devemos viver. Há muitas coisas e circunstâncias nesta vida que disputarão com Deus e Sua vontade, para ter domínio sobre nós. Podemos (e devemos) escolher a vontade de Deus. As cobiças desta vida são ilusórias e passageiras, não entregam o que prometem. A vontade de Deus, o estilo de vida do Reino de Deus nos possibilita realização verdadeira. É a mais pura verdade: o mundo passa, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.
ucs