O QUE DEUS PENSA DO QUE FAZEMOS?

“Será esse o jejum que escolhi, que apenas um dia o homem se humilhe,

incline a cabeça como o junco e se deite sobre pano de saco e cinzas?

É isso que vocês chamam jejum, um dia aceitável ao Senhor?” (Isaías

58.5)

Há algo que definitivamente Deus não quer que aconteça conosco: que sejamos praticantes de uma fé em que os ritos, os programas, a liturgia, as reuniões e as músicas sejam maravilhosas e perfeitamente executadas, mas ao mesmo tempo a nossa índole, o nosso caráter, nosso comportamento e nossos relacionamentos não revelem a mesma reverência, adoração e obediência a Deus. Quando nossas práticas religiosas separam-se de nossa vida, elas se tornam um problema, pois criou-se uma cisão entre vida e fé – dualismo. Elas podem muito nos ajudar a crescer na fé, mas se o dualismo nos caracterizar, estaremos em sérios problemas. E era esse o caso dos israelitas!

Era bom que eles jejuassem, humilhando-se, prostrados diante de Deus. A prática desse jejum poderia ser uma benção. Quando ansiamos por viver mais humildemente diante de Deus, submetendo-nos mais à Sua vontade, orar e jejuar pode ser uma experiência que reforça nosso propósito. Mas orar e jejuar não são o mesmo que ser humilde diante de Deus! Os israelitas havia tornado o jejum e a oração um fim em si mesmos.

Precisamos ter cuidado, pois podemos tornar as coisas que fazemos um fim em si mesmas. Cantar não é adorar, apenas pode ser. Estar na igreja não é ser piedoso, apenas pode ser. Se não nos tornamos mais amorosos, misericordiosos, se não amamos mais a justiça, se não nos tornamos mais humildes… se nosso caráter não estiver sendo transformado pelo caráter de Deus, estaremos trilhando um caminho perigoso.

As  nossas certezas religiosas podem ser perigosas para nós, se não buscarmos um coração piedoso diante de Deus. Na história bíblia e na história cristã, muitas vezes, pessoas convictas de estarem fazendo a vontade de Deus agiram em contradição a ela. Acreditando que estavam honrando a Deus, o desonraram. Precisamos perguntar a Deus: Senhor é isso mesmo? E ficar atentos para ouvir a resposta. Não é simplesmente dizer, despretensiosamente, “Senhor, se não for o que queres nos diga!”. Devemos buscar, com todo nosso coração, o Reino de Deus, a vontade de Deus, a verdade de Deus. Será esse o jejum que escolhi? Perguntou Deus aos israelitas. Que perguntas Deus pode estar dirigindo a nós?

 

ucs

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