O que, de fato, conta?

“O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará.” (1 Coríntios 13.8)

Temos nos dividido em muitos credos e religiões, em muitos seguimentos e tradições. Temos gastado tempo e energia com o que importa menos e esquecidos do que define tudo. Criamos rótulos de todos os tipos: temos os tradicionais e os pentecostais; temos os conservadores e os liberais; temos os amilenistas, os pré milenistas e os pós milenistas. Temos os sabáticos e os dominicais, os que aspergem e os que mergulham. E todos queremos ter razão. São muitos os pontos em que divergimos, mas nenhum deles seria, de fato, um problema, se todos convergíssemos para o ponto central e fundamental da fé cristã: o amor. 

A fé cristã é a fé numa pessoa: Jesus Cristo. E a fé que Jesus nos ensinou é a fé que leva ao amor de Deus e a responder a este amor, aceitando-o. A evidência de que respondemos é que aceitamos o compromisso de amar, tanto a Deus como ao próximo. Se amamos a Deus reconhecemos o Seu lugar em nossa vida e o amamos com todo meu coração, entendimento, alma e forças. E se amamos o próximo, o valorizamos, respeitamos, amando-o com a nós mesmos. Jesus explicou que este “próximo” é todo ser humano: amigos e inimigos; quem nos ajuda e quem nos atrapalham; quem conhecemos e quem não conhecemos; quem nasceu na mesma rua que nós e quem nasceu do outro lado do mundo; aquele cuja cor da pele é parecida com a nossa e aquele que tem outra cor em sua pele. Um cristão crê, mas só crê como cristão quem ama.

A despeito do estilo de um cristão ou de uma igreja cristã, ambos apenas estarão existindo como cristãos, realmente, se o amor for o fundamento e o orientador de suas vidas. Não importa quanta profecia, poder, milagre, conhecimento, doutrina, teologia tenhamos. Sem amor, tanto a pessoa quanto a igreja serão espiritualmente vazias aos olhos de Deus. Como os cristãos da igreja de Laodicéia, sem amor, seremos miseráveis, pobres, cegos e nus, pensado que somos ricos (Ap 3.17). O que nos impressiona, não impressiona a Deus. Seus caminhos são diferentes dos nossos, bem como Seus pensamentos. Enquanto o amor não nos dominar, enquanto não aprendermos a viver reconhecendo o lugar de Deus e do próximo em nossa vida, estaremos iludidos em nossa fé. Até poderemos ter uma boa fé religiosa, mas ela não será, de fato, cristã. Pois o que, de fato, conta, é o amor. É ele que dá sentido à fé.

 

ucs

 

 

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