O pão e o perdão de cada dia

“Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.” (Mateus 6.11-12)

O que queremos receber, o que queremos que jamais nos falte, o que queremos sempre ter meios para obter? Nosso sustento, nosso pão de cada dia! Não é fácil passar falta dele. Qualquer sonho de grandeza ou ambição perde o sentido se nos falta o pão. Jesus coloca na mesma oração o nosso pão e o perdão. Não temos tanta clareza do quanto ele é importante para nós e nem o desejamos tanto quanto ao pão. E se precisamos dá-lo, nem sempre estamos dispostos. Perdoar é como perder. Abrimos mão de algo que serviria de compensação. Perdoar é ficar com o prejuízo. Queremos o pão e não há um dia sequer que ele não esteja em nossos planos. Precisamos diariamente dele. Mas, quanto ao perdão, não gostamos de dar e nem sempre nos ocupamos de pedi-lo. Mas, para pecadores, tanto quanto o pão, o perdão é diariamente necessário.

Se não em nossa relação uns com os outros, difícil que não o seja em nossa relação com Deus. Pois pensamos, sentimos, agimos, reagimos de tantas formas durante o dia! E muitas delas contrariando a vontade de Deus. Ele não fica irado contra nós por isso. Ele nos ama. Ele ama pecadores. Jorge Camargo poetisa sobre a generosidade de Deus em perdoar da seguinte forma: ”Em ter misericórdia reside o seu prazer. Em perdoar pecados a sua vocação! E em lançar mazelas no mar do esquecimento, mostrando a grandeza da sua compaixão”. Esse é o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele sabe o quanto precisamos de pão, mas também sabe o quanto precisamos de perdão. E nos convida a depender dele para ambos. Aprendendo a receber e a dar.

Nosso pão pode ser limitado, mas nosso perdão não deve ser! Talvez nos falte o pão, mas que não nos falte o perdão! Devemos, ao pedir o pão, diante da consciência do quanto ele nos faz falta, ser sensíveis aos que tem falta de pão. Por causa de nossa maldade o pão tem faltado. Há pão que não é dado, há pão que é roubado, há pão ganhado a duras penas. Pedir o pão deve nos fazer generosos. Ao pedir o pão, lembre-se do perdão. Este precisa ser sem limites. Jesus disse a Pedro que se alguém pecasse contra ele 490 vezes no mesmo dia, ele deveria perdoar. Isso daria cerca de 20 ofensas por hora! Uma a cada 3 minutos. A mensagem é: não imponha limites! O pão e o perdão. Precisamos de ambos, tanto de receber quanto de ofertar. Que não nos falta e nem a outros. Que saibamos ser gratos pelo pão e perdão de cada dia, dependentes de Deus para ambos e generosos com todos que precisarem. Seja do nosso pão, seja do nosso perdão.

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