Temos lembranças vivas nas quase setecentas mil mortes, carregadas de sentimentos de angústia para as famílias. Doem-me. Paro um momento e regresso a aqueles dias, com todos os jogos do destino já idos e jogados. O tempo passou e já estamos na quarta dose da vacina, mas aquela escuridão da falta de oxigênio na Amazônia não pode ser esquecida, pessoas morreram por descaso.
Quando surgiu ninguém sabia como agir, agora temos diferentes tipos de vacinas, nunca vi nada parecido com está pandemia, não podiamos trocar um olhar com outra alma fora do nosso círculo. Era uma espécie de loucura. A liberdade e este vírus são incompatíveis. Eramos escravos, em março de 2020 acordamos na escuridão.
Muitos começaram a enterra parentes sem velório, com o caixão fechado. Simplesmente estamos perdidos. Todo dia, eu voltava para casa com vários protocolos, álcool gel, sapato fora de casa, máscara.
O “pequeno príncipe” começa com um menino que fazia desenhos simples. Quando os mostrava aos adultos, eles não entendiam. Eu sabia como ele se sentia; ninguém entendia como esta pandemia agia.