O melhor

Com alguma volúpia, esse escriba relê “O Melhor do Mau Humor”, de Ruy Castro. São citações de autores famosos, todas mau humoradas e geniais. Como por exemplo: “Fiz tão bem meu curso de Direito que, no dia em que eu me formei, processei a Faculdade, ganhei a causa e recuperei todas as mensalidades que havia pago.” (Fred Allen)

Verdade

Os ratos sempre abandonam o navio primeiro. Já as ratazanas, essas ficam até o naufrágio.

Sempre acham alguma coisa para comer.

O Papa Francisco

Há pouco, esse escriba estava vendo na televisão a chegada do Papa Francisco ao Rio e sua ida para a Catedral. O povo deu um espetáculo de fé, recebendo com muito carinho o representante do Vaticano. Francisco foi encantador, saudou as pessoas, recebeu quem se aproximou, mas passou alguns momentos preocupantes para sua segurança.

Não se sabe por obra de qual gênio de plantão, o trânsito embananou, o carro do papa travou e Francisco ficou, por longos minutos, vulnerável, se ali houvesse quem quisesse fazer mal ao papa.

Essa passou perto.

E por falar em Francisco…

Pegou mal a ginástica que a Record fez para fugir de noticiar a chegada do papa. Enquanto outras redes focavam o assunto, o jornalismo da Record mostrava um ataque de tubarão no Recife e uma interminável viagem de trem no Maranhão.

Quando mostrou a chegada do papa no Jornal da Record, foi para criticar a Igreja Católica, irredutível na questão do aborto. Nem parece que a bancada da Universal (a quem pertence a Record) é totalmente contra sequer a discussão do aborto no Congresso.

E a Globo?

A registrar também a visão triunfalista da Globo, que adotou um tom laudatório, tipo “o papa é pop”, falando o tempo todo dos amigos que Francisco conquistava em cada esquina e da simplicidade do pontífice. A cobertura mais sóbria foi a da Rede Vida, aliás, como é do seu feitio.

A carismática Canção Nova misturou pedidos de doação de dinheiro e até ouro nos intervalos. A coisa foi tão séria que até retratos do papa eram oferecidos por R$ 20,00, sem falar nos insistentes avisos de que quem assistisse às transmissões podia “lucrar com indulgências”.

Sobre tudo isso, prevalecia o carisma de Francisco.

Dominguinhos e Djalma

No mesmo dia morreram dois artistas do povo e que nos deram muitas alegrias: Dominguinhos e Djalma Santos. Dominguinhos, herdeiro de Gonzagão, fazia a alegria musical do Brasil. Djalma Santos, campeão mundial de 58 e 62, encantava quem o via desfilar elegância e maestria pelos campos de futebol.

Um está no céu, cantando com Gonzagão, e o outro disputando partidas imortais pelo escrete do Paraíso.

Com mau humor

“As coisas mais desagradáveis que nossos piores inimigos nos dizem pela frente não se comparam com as que nossos amigos dizem de nós pelas costas.” (Alfred de Musset)

 

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