O louvor a Deus

“E de um salto pôs-se de pé e começou a andar. Depois entrou com eles no pátio do templo, andando, saltando e louvando a Deus.” (Atos 3.8)

O homem curado por Pedro alegrou-se, celebrou e deu louvores a Deus. É assim o ciclo da manifestação de Deus na vida humana. Relembrando o texto de Atos 3.1-8, um necessitado encontra-se com os apóstolos. Eles, pela fé, oferecem ao homem o que haviam recebido de Deus, o que haviam experimentado com Cristo. Restauração. Pedro age, o homem age, o poder de Deus se manifesta. A vida é renovada e Deus é louvado. Somos convidados por Deus a reviver esse ciclo nas suas mais diversas possibilidades. Se percebermos o quanto temos recebido de Deus e que podemos ofertar a outros, poderemos ser como Pedro foi na vida daquele homem que mendigava à porta do templo. E Deus será louvado.

O louvor que resulta da manifestação do poder de Deus, transformando vidas e realidades é o verdadeiro louvor da fé em Cristo. Mas o substituímos pelo louvor que criamos em nossas liturgias religiosas. Vamos ao templo e cantamos. Mas como estamos vivendo e nos relacionando? As vezes ignoramos isso e, em meio aos cânticos no templo, acreditamos que o louvor está acontecendo. Mas em que circunstâncias uma música cantada para Deus o louva de fato? Precisamos nos perguntar isso. Precisamos nos aperceber da tolice que é acreditar que o louvor seja algo que possamos produzir com nossos sons ou palavras apenas. Precisamos nos ocupar da contradição que pode haver entre nossa música e nossa vida. Isso é determinante para o nosso louvor. Não precisamos ser perfeitos e nem realizar milagres para louvar a Deus verdadeiramente, mas precisamos viver em amor, a Deus e ao próximo (1 Co 13.1-3). Nossas liturgias, nossas canções, sem amor, nada são. Precisamos viver pela fé, aprendendo a receber e dar em nome de Deus o que Deus nos dá.

Em outras palavras, é preciso que um culto existencial, vivencial, aconteça fora do templo para que nosso culto litúrgico no templo tenha valor verdadeiramente. Para que nossas reuniões no templo sejam cultos, nossa vida precisa acontecer em parceria com Deus. O mesmo acontece com o louvor. É preciso que um louvor que brote da vida, das atitudes, do serviço amoroso ao semelhante aconteça para que nossos momentos de cânticos sejam louvor a Deus. O culto e o louvor que realizamos no templo dependem dos relacionamentos e atitudes que temos na vida. Dependem de como lidamos com a vida e com as pessoas. Dependem de sermos agentes do Reino de Deus, repartindo com outros as bênçãos que recebemos do Deus que tanto nos ama. Quem somos na relação com Deus depende de quem somos na relação com nosso próximo. O final do encontro de Pedro e João com aquele homem foi louvor. Que seja assim também conosco. Que nossos encontros com a vida e com as pessoas produzam mais vida e resultem em adoração.

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