“Quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anjos, assentar-se-á em seu trono na glória celestial. Todas as nações serão reunidas diante dele, e ele separará umas das outras como o pastor separa as ovelhas dos bodes.” (Mateus 25.31-32)
Das três parábolas contadas por Jesus em Mateus 25, a última delas é a mais intrigante. Nela Jesus diz que irá separar dois grupos. Um dos grupos será composto por pessoas cuja biografia está cheia de boas atitudes para com os necessitados. Eles alimentaram, vestiram, visitaram, hospedaram, cuidaram… E Jesus diz: “vocês fizeram tudo isso por mim quando fizeram por eles”. E isso surpreende essas pessoas. Elas não esperavam ser recompensadas. Isso indica que suas ações eram motivadas por amor e compaixão e não por interesse ou com segundas intenções. A elas está reservado o reino. Mas há um outro grupo.
Um grupo de pessoas que se negaram a praticar aquelas mesmas obras que o primeiro praticou. Talvez tivessem praticado outros tipos de obras. Talvez tivessem entregado dízimos e ofertas e sido zelosos em atividades religiosas. Eles também ficam surpresos – não imaginavam que tudo aquilo era importante e que, ao abandonar o necessitado, estavam abandonando o próprio Jesus. Eles, provavelmente, criam em coisas certas mas não viviam em conformidade com elas. E descobriram, da pior maneira, que não eram cidadãos do reino. Jesus já havia avisado: gente que profetizou, expulsou demônios e fez milagres em Seu nome seria surpreendida por ter a porta do reino fechada para eles (Mt 7.22-23).
Vinte e um séculos depois de Cristo, com tantas igrejas, tantos livros de teologia, tantas músicas, pregações e pregadores, o que é o Evangelho de Jesus, o Reino de Deus? Cada domingo, dependendo da igreja que visite, ouvirá coisas muito diversas. Mas Jesus Cristo é o mesmo e os cidadãos do Reino são pessoas cujas atitudes honram a Deus e revelam amor ao próximo. Se tudo parece confuso hoje, não será assim para sempre. O reino será consumado por Cristo e os cidadãos do reino serão revelados. Ainda temos que avaliar se evidências fazem parte de nossa vida ou se tudo o que fazemos é dizer ‘Senhor, Senhor’.