O caminho do Reino

 “Digo-lhes verdadeiramente que nenhum escravo é maior do que o seu senhor, como também nenhum mensageiro é maior do que aquele que o enviou. Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem.” (João 13.16-17)

A vida no Reino de Deus não é algo baseado no quanto cada um de nós é bom. Não somos bons o bastante para o Reino de Deus! Nele somos todos beneficiários da graça e nosso valor está relacionado ao quanto nos dedicamos a amar e servir. É muito comum pensarmos no Reino de Deus como o lugar das pessoas moralmente aperfeiçoadas: não pecam certos pecados, observam rigorosamente certas normas e preocupam-se em atender aos “bons costumes”, o que pode significar várias coisas. É claro que essas podem ser virtudes importantes e espera-se que um cristão revele retidão moral e conduta de vida ética e saudável. Mas isso é esperado de qualquer pessoa! Egoístas, presunçosos e pessoas sem amor ao próximo podem revelar este tipo de retidão e se orgulharem disso!

O caminho do Reino é outro, por isso as evidências de que estamos seguindo a Jesus Cristo também são outras. Envolve o tratamento do ego e também atitudes de amor e serviço ao próximo. Jesus lavou os pés dos discípulos para ensiná-los que, como seus seguidores, não estavam sendo chamados a sentarem-se na cadeira de chefe e dar ordens às pessoas. Também não estavam sendo chamados para serem admirados, reconhecidos e reverenciados por sua retidão. Eles estavam sendo chamados para morrerem para si mesmos, para amar e servir. Jesus tinha direito e qualificação para a cadeira de chefe e para ser admirado. E de fato o trono eterno é dele e Ele é digno de todo louvor! Mas entre nós Ele submeteu tudo ao Pai e obedeceu. Amou pecadores e entre eles foi servo. E disse: “Se querem me seguir, precisarão fazer a mesma coisa”.

Todos somos pecadores e temos pés de barro. Nenhum de nós passaria no gabarito da retidão moral e pureza de vida, se esse fosse o critério de Deus. Somos aceitos pela graça. O que não significa que devamos nos acomodar e viver de qualquer jeito e muito menos que nossos pecados não importam. Mas, conquanto isso tenha valor, não é o centro do Reino! O centro está em levarmos diariamente nosso ego diante da cruz para que perca seu poder e de lá sair para cumprir o maior de todos os mandamentos: amar a Deus e ao próximo. Na fé cristã, a retidão precisa ser fruto do amor ou, em lugar de servos, nos fará tiranos. Jesus nos mostrou o caminho e é o Caminho. Não devemos criar o nosso próprio! Nosso caminho não é o do Reino e será sempre ideia de nosso ego!

 

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