O Caminho quer trilhar seus passos.
Ele é livre pra ir por onde e pra onde quiser.
Prefere seguir em liberdade igual o vento
e deixa suas pegadas sobre o arrependimento.
Humanou-se a partir de sua singela sublimidade
Ao horizontalizar-se no pó trouxe novos horizontes
Esses se tornaram utopias aos que precisavam aprender caminhar
E eles andaram.
Eles ainda andam, mesmo que cambaleando.
Aquecem seus corações com a paciente misericórdia que os alcança.
Há os que querem expandir o caminho do Caminho
e sabem que no anúncio da metanoia está seu arado.
Inspiram. Enchem o peito de ar. E fundo vão.
É fundo o vão que se propõe a pintar com a eternidade.
Mas, são ousados e confiantes.
Sua confiança está no Caminho eterno
A pedra soube reconhecer o Caminho mesmo em seus descaminhos.
Tal percepção solidificou sua identidade que foi firme e se balançou.
Porém, reencontrada foi lapidada em afirmação e calor.
Acrisolada para novamente arar em campos de pedregulhos.
No caos atualizado há que se anunciar arrependei-vos,
pois os passos do Caminho ainda estão aí.
Em Nárnia marcou a areia com seu flutuar imponente
e saindo do guarda roupas corre solto pelas ruas
Ergam-se atalaias e gritem: “Eis que vem”.
Vem e vai mais rápido que a velocidade da luz
e mais lento do que o retroceder.
Mas, ei-lo aí!
Pedras, mel silvestre, fogueira e cruz.
Todos fazem parte de um todo maior
que está por revelar seu belo quadro pintado por eras.
E quão lindo será o avistar do inesperado.
Pr. Rodolfo Rodrigues